sábado

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Revisão

1 ANO E.M. 

2642FM

2 ANO E.M. 

5MCRR4    

3 ANO E. M. 

95MG1J


REVISÃO - Filosofia - 3 ANO E.M.


“Para Sócrates, era importante encontrar um alicerce seguro para os nossos conhecimentos. Ele acreditava que este alicerce estava na razão humana. E porque acreditava muito na razão humana, Sócrates foi também um racionalista convicto. Sócrates defendia o bom uso da razão para se alcançar o verdadeiro conhecimento. Ela seria responsável por fazer a passagem da dóxa (opinião) para a epistéme (ciência).
“Dizem que a mãe de Sócrates era parteira, e o próprio Sócrates costumava comparar a atividade que exercia como a de uma parteira. Não é a parteira quem dá à luz o bebê. Ela só fica por perto para ajudar durante o parto. Sócrates achava, portanto, que sua tarefa era ajudar as pessoas a “parir” uma opinião própria, mas acertada, pois o verdadeiro conhecimento tem de vir de dentro e não pode ser obtido “espremendo-se” os outros.” Desta forma podemos afirmar que Sócrates comparava suas atividades com a de uma parteira: ele, por meio de seu método dialógico, auxiliava as pessoas a “darem à luz” seus conhecimentos, passando de um conhecimento falso para um conhecimento inteligível e verdadeiro.
O principal objetivo da Filosofia Medieval era conciliar a filosofia com o cristianismo, procurando explicar racionalmente a existência de Deus, a Verdade.
Na relação sujeito X realidade, vários filósofos encetaram uma busca por uma boa compreensão dessas questões. Cada filósofo desenvolveu um método ou argumento característico,como:
Descartes – dúvida hiperbólica
Sócrates – com o método dialógico
Santo Agostinho – com o Cristianismo
Kant – Criticismo
Considerando a relação sujeito x realidade trazida por Santo Agostinho podemos afirmar que Santo Agostinho tinha como pressuposto apenas uma certeza: o eu, que ao duvidar, percebia-se errando e enganando-se. Daí veio a certeza inquestionável:  Se me engano, existo!
Acerca dos os conhecimentos sobre René Descartes podemos afirmar que Descartes assumiu um método para afastar qualquer contradição que existisse em suas crenças: a dúvida hiperbólica. Com ela, ele duvidava e problematizava suas crenças. As que sobrevivessem a esse método poderiam ser consideradas verdadeiras.
A filosofia cartesiana começou investigando não a natureza, nem Deus mas os limites do conhecimento humano. A dúvida hiperbólica é uma prova dessa busca.
Kant defende que o homem deve fazer uso público de sua razão, rumo ao esclarecimento, usando seu entendimento de maneira autônoma.

Na medida em que deve haver razão nas ciências, algo tem que ser conhecido  e o conhecimento da razão pode ser referido de dois modos ao seu objeto: ou meramente para determinar este e seu conceito (que precisa ser dado alhures) ou também para torná-lo real. A base da filosofia kantiana está expressa nesse fragmento de texto: as estruturas a priori. Anteriores à experiência, podem tanto determinar os objetos quanto ser a forma deles.

quinta-feira

REVISAO 2º ANO – FILOSOFIA

Sois todos irmãos na cidade (...) mas o deus que vos formou introduziu o ouro na composição daqueles dentre vós que são capazes de comandar: por isso são os mais preciosos. Misturou prata na composição dos auxiliares (defensores) ferro e bronze na dos lavradores e outros artesãos. Comumente, gerais filhos semelhantes a vós mesmos; mas, como sois todos parentes, pode acontecer que, do ouro, nasça um rebento de prata; da prata, um rebento de ouro e que as mesmas transmutações se produzam entre os outros metais. Por isso, antes e acima de tudo, o deus ordena aos magistrados que vigiem atentamente as crianças, que tomem muito cuidado com o metal misturado em suas almas e, caso seus próprios filhos apresentem mistura de bronze ou de ferro, que sejam impiedosos com eles e lhes concedam o gênero de honor devido à respectiva natureza, relegando-os à classe dos artesãos e dos lavradores; mas, se destes últimos nasce um rebento cuja alma contenha ouro ou prata, o deus quer que o honrem, elevando-o à categoria de guardião ou de auxiliar, porque um oráculo afirma que a cidade perecerá quando for guardada pelo ferro ou pelo bronze. Os homens que são capazes de governar possuem ouro em sua composição. A natureza do homem, o metal que o compõe, deve definir a sua ocupação. Os auxiliares (defensores, soldados) são compostos de prata.
O filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) afirmava que o ser humano é por natureza um ser social, pois, para sobreviver, não pode ficar completamente isolado de seus semelhantes. Assim, constituída por um impulso natural do ser humano, a sociedade deve ser organizada conforme essa mesma natureza humana. O que deve guiar então a organização de uma sociedade? É a busca de um determinado bem, correspondente aos anseios dos indivíduos que a organizam. O homem é, a fim de garantir sua sobrevivência e uma vida feliz, feito para viver em sociedade. A sociedade é constituída a partir de uma inclinação natural do ser humano. Por natureza, a sociedade é organizada de modo a alcançar o bem comum.
A educação promovida pelo Estado deveria, segundo Platão, ser igual para todos até os 20 anos, quando dar-se-ia o primeiro corte identificando as pessoas que, por possuírem ‘alma de bronze’, têm a sensibilidade grosseira e por isto devem se dedicar à agricultura, ao artesanato e ao comércio. Estes cuidariam da subsistência da cidade. Os outros continuariam os estudos por mais dez anos, até o segundo corte. Aqueles que tivessem a ‘alma de prata’ e a virtude da coragem essencial aos guerreiros constituiriam a guarda do Estado, os soldados que cuidariam da defesa da cidade. Os mais notáveis, que sobrariam desses cortes, por terem a ‘alma de ouro’, seriam instruídos na arte de pensar a dois, ou seja, na arte de dialogar. Estudariam filosofia, que eleva a alma até o conhecimento mais puro e é a fonte de toda verdade. Aos cinquenta anos, aqueles que passassem com sucesso pela série de provas estariam aptos a ser admitidos no corpo supremo dos magistrados. Caberia a eles o governo da cidade, o exercício do poder, pois apenas eles teriam a ciência da política. Os indivíduos que tivessem sensibilidade grosseira, segundo o texto, seriam educados para formar a classe produtora. Os mais notáveis entre os cidadãos deveriam ser instruídos na arte de dialogar e viriam a se tornar magistrados ou governantes. Os cidadãos que tivessem a virtude da coragem seriam selecionados para compor a classe guerreira.
O Estado tem, por natureza, mais importância do que a família e o indivíduo, uma vez que o conjunto é necessariamente mais importante do que as partes. Separem-se do corpo os pés e as mãos e eles não serão mais nem pés nem mãos (a não ser nominalmente, o que seria o mesmo que falar em pés ou mãos esculpidos em pedra); destruídos não terão mais o poder e as funções que os tornavam o que eram. O Estado tem precedência sobre a família e o indivíduo, uma vez que estes, isolados dele, não são autossuficientes.
Pois bem!, a meu ver, a democracia aparece quando os pobres, tendo conquistado a vitória sobre os ricos, chacinam uns, banem outros e partilham igualmente, com os que sobram, o governo e os cargos públicos e frequentemente estes cargos são sorteados. [...] Em primeiro lugar, não é verdade que eles são livres, que a cidade transborda de liberdade e de franqueza de palavra, havendo nela licença para fazer o que se quer? [...] Ora, é claro que toda parte onde reina tal licença cada qual organiza a vida do modo que lhe apraz. [...] É como vês, um governo agradável, anárquico e variado, que confere uma espécie de igualdade tanto ao que é desigual como ao que é igual. [...] Ora, não será o desejo insaciável deste bem (a liberdade) e a indiferença por tudo o mais, que muda este governo e o compele a recorrer à tirania? [...] Pois então! Este governo tão belo e tão juvenil é que dá nascimento à tirania, pelo menos no meu pensar. Para Platao a democracia inevitavelmente levaria à tirania, a pior forma de governo, exercido pela força por um só homem e sem ter como finalidade o bem comum.
Se para Platão a política é ‘a arte de governar os homens com o seu consentimento’ e o político é precisamente aquele que conhece essa difícil arte, só poderá ser chefe quem conhece a ciência política. Por isso a democracia é inadequada, pois desconhece que a igualdade deve se dar apenas na repartição dos bens, mas nunca no igual direito ao poder. Para que o Estado seja bem governado, é preciso que ‘os filósofos se tornem reis, ou que os reis se tornem filósofos’. Platão propõe um modelo aristocrático de poder. No entanto, como já vimos, não se trata de uma aristocracia da riqueza, mas da inteligência, em que o poder é confiado aos melhores, ou seja, é uma sofocracia. O governo defendido por Platão não poderia ser democrático, já que, segundo ele, só os melhores possuem aptidão para governar. Platão acreditava que apenas o filósofo teria disciplinas moral e intelectual suficientes para vencer os próprios desejos. O filósofo seria o mais apto a governar, pois conhece a verdade e a essência das coisas para além das aparências.
Aristóteles subordina o bem do indivíduo ao Bem Supremo da pólis. Esse vínculo interno entre ética e política significava que as qualidades das leis e do poder dependiam das qualidades morais dos cidadãos e vice-versa, das qualidades da Cidade dependiam as virtudes dos cidadãos. Somente na Cidade boa e justa os homens poderiam ser bons e justos; e somente homens bons e justos são capazes de instituir uma Cidade boa e justa. Uma cidade justa é composta por homens que agem com justiça.  As qualidades dos cidadãos definem a qualidade das leis da cidade. A pólis reproduz os atributos morais dos homens que a instituíram.
Do mesmo modo o homem é superior e a mulher inferior, o primeiro manda e a segunda obedece; este princípio, necessariamente, estende-se a toda a humanidade. Portanto, onde houver essa mesma diferença que há entre alma e corpo, ou entre homens e animais (como no caso dos que têm como único recurso usar o próprio corpo, não sabendo fazer nada melhor), a casta inferior será escrava por natureza, e é melhor para os inferiores estar sob domínio de um senhor. Assim, quem pode pertencer a outrem, e portanto pertence, e participa com ele o bastante para aprender mas não aprende, é um escravo por natureza. [...] É evidente, portanto, que alguns homens são livres por natureza, enquanto outros são escravos, e que para estes últimos a escravidão é conveniente e justa. Aristoteles afirmava que alguns homens são inferiores e, portanto, possuem uma disposição natural para a escravidão. Por isso seria legítimo o controle que o senhor exerce sobre o escravo.
Para Platão, as três classes sociais corresponderiam diretamente aos três aspectos essenciais da alma humana.
Os lavradores e artesãos - Representavam a alma apetitiva ou concupiscível, cujos desejos promoviam a sobrevivência do corpo, mas deveriam ser supridos moderadamente.
Os guerreiros e soldados - Representavam a alma irascível, responsável pela defesa do indivíduo, que deveria manter a coragem, mas também conter a agressividade.

Os magistrados e governantes - Representavam a alma racional, capaz de conhecer a verdade e alcançar as essências do mundo inteligível.

REVISAO 1º ANO - FILOSOFIA

Quando as pessoas recorrem às certezas cotidianas e tomam como referência apenas o modo como sentem e percebem o mundo, suas observações podem ser parciais.
A aprendizagem da ciência é um processo de desenvolvimento progressivo do senso comum. Só podemos ensinar e aprender partindo do senso comum de que o aprendiz dispõe. consiste na manutenção e modificação de capacidades ou habilidades já possuídas pelo aprendiz. parte do senso comum de que o aprendiz já dispõe, ou seja, é o refinamento de um conhecimento pré-existente.
A ciência é apenas uma parte da tentativa da humanidade de compreender o mundo em todos os seus aspectos. O homem esforça-se por descobrir uma ordem no fluxo da experiência, quer essa ordem seja observada, como na repetição das estações, quer seja postulada por teorias refinadas como a da relatividade, mecânica quântica e evolução. A ciência procura uma ordem na experiência da natureza adquirida pelo homem. As diferentes formas de conhecimento resultam da tentativa humana de compreender o mundo. O homem faz diversas tentativas de compreender o mundo e a ciência é fruto dessas tentativas.
O senso comum e a ciência são expressões da mesma necessidade básica, a necessidade de compreender o mundo, a fim de viver melhor e sobreviver. E para aqueles que teriam a tendência de achar que o senso comum é inferior à ciência, eu só gostaria de lembrar que, por dezenas de milhares de anos, os homens sobreviveram sem coisa alguma que se assemelhasse à nossa ciência. Tanto o senso comum, quanto a ciência, são expressões da necessidade humana de compreender o mundo. Por séculos o homem conseguiu sobreviver, antes da existência da ciência, graças ao senso comum.
o senso comum é uma visão de mundo precária, distorcida e até perversa. Em decorrência, poderíamos pensar que só superamos a pobreza mental recorrendo a formas mais sofisticadas do saber, tal como a ciência. No entanto, pensar assim é pressupor que o homem comum deve ser tutelado por outros que lhe digam qual a melhor forma de pensar e quais as melhores ações a serem realizadas, o que é contrário a tudo que se pensa sobre o valor da autonomia humana. É errôneo pressupor que o homem comum é mentalmente pobre e deve ser tutelado pelos cientistas.
a compreensão do mundo se faz à medida que lhe damos sentido e agimos sobre ele. Precisamos de interpretações, de teorias, por mais simples que sejam, a fim de ‘organizar o caos’. Toda vez que os ‘esquemas de pensamento’ nos faltam, sentimos que o chão nos foge dos pés... Ao considerar o conhecimento no sentido mais amplo possível, percebemos que ele se faz no enfrentamento contínuo das dificuldades que desafiam o Homem. E, como tal, não é fruto exclusivo da razão, mas também dos sentidos, da memória, do hábito, da imaginação, das crenças e desejos. Chamamos senso comum essa primeira compreensão do mundo resultante da herança fecunda de um grupo social e das experiências atuais que continuam sendo efetuadas. Pelo senso comum, fazemos julgamentos, estabelecemos projetos de vida, adquirimos convicções e confiança para agir. As ações humanas podem partir da mera repetição do modo como outras pessoas agiram anteriormente em situações semelhantes. O conhecimento herdado dos antepassados, ao qual adicionamos os resultados das experiências atuais, é chamado de senso comum. O senso comum trata-se de um conjunto de opiniões que nos permite interpretar a realidade e nos ajuda a avaliar, julgar e agir.
O senso comum é o conhecimento de todos nós, homens comuns, não-especialistas. Se a ciência precisou se posicionar muitas vezes contra as ‘evidências’ do senso comum, não há como desprezar essa forma de conhecimento tão universal. Ou seja, mesmo o cientista mais rigoroso, quando está fora do campo de sua especialidade, é também um homem comum e usa o conhecimento espontâneo no cotidiano de sua vida. Todos os seres humanos usam o conhecimento do senso comum. Até mesmo os cientistas utilizam o senso comum em seu cotidiano.
O que eu desejo que você entenda é o seguinte: a ciência é uma especialização, um refinamento de potenciais comuns a todos. Quem usa um telescópio ou um microscópio vê coisas que não poderiam ser vistas a olho nu. Mas eles nada mais são que extensões do olho. Não são órgãos novos. São melhoramentos na capacidade de ver, comum a quase todas as pessoas. Um instrumento que fosse a melhoria de um sentido que não temos seria totalmente inútil, da mesma forma como telescópios e microscópios são inúteis para cegos, e pianos e violinos são inúteis para surdos. A ciência não é um órgão novo de conhecimento. A ciência é a hipertrofia de capacidades que todos têm. Isto pode ser bom, mas pode ser muito perigoso. Quanto maior a visão em profundidade, menor a visão em extensão. A tendência da especialização é conhecer cada vez mais de cada vez menos. Assim podemos afirmar que a ciência é um refinamento de capacidades que todos têm ou ainda uma hipertrofia de potenciais comuns a todos.

Em nosso dia a dia formulamos uma série de opiniões a respeito de tudo que nos cerca. São descrições imprecisas ou relatos de fatos e acontecimentos abordados de maneira superficial impregnados de opiniões, que geram uma infinidade de conceitos pré-concebidos os quais aos poucos vão se tornando parte do conhecimento popular. Contudo, nem todos os conhecimentos integrantes do senso comum são irrelevantes, já que partem da própria realidade, algumas concepções são de fato precisas, faltando a elas, sobretudo, o rigor, o método, a objetividade e a coerência típicas do senso crítico. Dessa forma ‘e correto afirmar que por partirem da própria realidade cotidiana das pessoas, alguns conhecimentos oriundos do senso comum devem ser relevados. Cotidianamente, elaboramos opiniões a respeito do mundo que nos cerca que acabam por integrar o conhecimento popular. Formulamos diariamente relatos de fatos e acontecimentos, carregados de opiniões, que originam uma infinidade de conceitos pré-concebidos.