terça-feira

Qualidades do Professor


Ilustração: Laurabeatriz
Se há uma criatura que tenha necessidade de formar e manter constantemente firme uma personalidade segura e complexa, essa é o professor.

Destinado a pôr-se em contato com a infância e a adolescência, nas suas mais várias e incoerentes modalidades, tendo de compreender as inquietações da criança e do jovem, para bem os orientar e satisfazer sua vida, deve ser também um contínuo aperfeiçoamento, uma concentração permanente de energias que sirvam de base e assegurem a sua possibilidade, variando sobre si mesmo, chegar a apreender cada fenômeno circunstante, conciliando todos os desacordos aparentes, todas as variações humanas nessa visão total indispensável aos educadores.

É, certamente, uma grande obra chegar a consolidar-se numa personalidade assim. Ser ao mesmo tempo um resultado — como todos somos — da época, do meio, da família, com características próprias, enérgicas, pessoais, e poder ser o que é cada aluno, descer à sua alma, feita de mil complexidades, também, para se poder pôr em contato com ela, e estimular-lhe o poder vital e a capacidade de evolução.

E ter o coração para se emocionar diante de cada temperamento.

E ter imaginação para sugerir.

E ter conhecimentos para enriquecer os caminhos transitados.

E saber ir e vir em redor desse mistério que existe em cada criatura, fornecendo-lhe cores luminosas para se definir, vibratilidades ardentes para se manifestar, força profunda para se erguer até o máximo, sem vacilações nem perigos. Saber ser poeta para inspirar. Quando a mocidade procura um rumo para a sua vida, leva consigo, no mais íntimo do peito, um exemplo guardado, que lhe serve de ideal.

Quantas vezes, entre esse ideal e o professor, se abrem enormes precipícios, de onde se originam os mais tristes desenganos e as dúvidas mais dolorosas!

Como seria admirável se o professor pudesse ser tão perfeito que constituísse, ele mesmo, o exemplo amado de seus alunos!

E, depois de ter vivido diante dos seus olhos, dirigindo uma classe, pudesse morar para sempre na sua vida, orientando-a e fortalecendo-a com a inesgotável fecundidade da sua recordação.

Texto de Cecília Meireles, extraído do livro Crônicas de Educação 3
Ilustrado por Laurabeatriz
 

domingo

Falando sério!


Não existe recurso mais importante, mais barato e que apresente resultados tão extraordinários quanto à conversa entre mãe e pai com os filhos. No vídeo a seguir, confira a opinião do psicopedagogo Celso Antunes sobre a importância da conversa.

segunda-feira

Uma ideia toda azul

Trabalho de Filosofia, realizado pelos alunos do 4* ano Ensino Fundamental, segue abaixo alguns dos textos realizados pelos alunos, onde os mesmos construíram um final diferente para o tema trabalhado!


Um dia o rei teve uma ideia.
Era a primeira da vida toda, e tão maravilhado ficou com aquela ideia azul, que não quis saber de contar aos ministros. Desceu com ela para o jardim, correu com ela nos gramados, brincou com ela de esconder entre outros pensamentos, encontrando-a sempre com igual alegria, linda ideia dele toda azul.
Brincaram até o rei adormecer encostado numa árvore...

Ao acordar viu aquela ideia azul dormindo, então a levou para um aposento magnífico.
O rei ao ver a linda ideia azul dormindo, o fez pensar melhor em dividir essa ideia com os súditos.
No dia seguinte, mal via a hora de comentar a famosa ideia. Ao falar todos se impressionaram, o rei ficou feliz ao falar dos planos e da ideia. Porque ela vai crescer e amadurecer com o rei.

Aluna: Sophia Mazzotti



Um dia o rei teve uma ideia.
Era a primeira da vida toda, e tão maravilhado ficou com aquela ideia azul, que não quis saber de contar aos ministros. Desceu com ela para o jardim, correu com ela nos gramados, brincou com ela de esconder entre outros pensamentos, encontrando-a sempre com igual alegria, linda ideia dele toda azul.
Brincaram até o rei adormecer encostado numa árvore...

Quando o rei acordou, teve uma ideia, chamou todas as crianças para brincar com a ideia azul. Brincaram até a noite e foram dormir.
No dia seguinte, o rei pensou em mais de cinco dias: a amarela, a vermelha, a verde, a laranja e a roxa e chamou novamente todas elas para repetir a aventura.

Aluno: Guilherme Enzo

Um dia o rei teve uma ideia.
Era a primeira da vida toda, e tão maravilhado ficou com aquela ideia azul, que não quis saber de contar aos ministros. Desceu com ela para o jardim, correu com ela nos gramados, brincou com ela de esconder entre outros pensamentos, encontrando-a sempre com igual alegria, linda ideia dele toda azul.
Brincaram até o rei adormecer encostado numa árvore...

E quando o rei acordou, viu que sua ideia estava triste e ele foi perguntar porquê.
- Por que você esta tão triste? E a ideia respondeu:
- Porque eu não acho a minha mãe.
No dia seguinte o rei e a ideia resolveram contar para os ministros que a ideia tinha se perdido de sua mãe e então os ministros falaram para os guardas procurarem.
E naquela noite os guardas encontraram a mãe dela e a ideia ficou super feliz.

Arthur Antonio