1) Muitas vezes fazemos julgamentos precipitados e depois descobrimos que estávamos enganados. Outras vezes, as pessoas, as coisas e até mesmo nossa cidade sofrem mudanças sem que nos demos conta imediatamente, levando-nos também ao engano. Contudo, ocorre de estarmos corretos sobre algum assunto e nem sabermos completamente o porquê. A aparência, ou seja, o aspecto exterior de alguma coisa, tem papel relevante nestas considerações. Assim, escolha a alternativa correta no que diz respeito à aparência:
Alternativas:
(A) Conhecer a
aparência é suficiente para o trabalho de pensar e compreender.
*(B) A aparência é uma das diversas informações disponíveis para
percebemos algum objeto da realidade.
(C) A aparência
oculta a realidade, deixando-nos completamente enganados acerca das coisas.
(D) O que
percebemos por meio das aparências é o que de fato as coisas são, pois elas não
sofrem os efeitos da mudança tão rapidamente.
(E) A aparência
de algo não influencia nossas opiniões já que ela é tudo o que conhecemos sobre
os objetos.
(F) A aparência
é a manifestação da realidade do objeto e, por isso, é necessariamente
verdadeira.
2) O diálogo
filosófico é uma das maneiras de buscar o conhecimento filosófico. Ele se
inicia com perguntas, respostas, argumentos, novas perguntas e assim por
diante. Trata-se de uma excelente oportunidade de refletir, pois nos deparamos
com a admiração, observação e reflexão de outras pessoas. Assim, podemos
ampliar os nossos interesses, desde que prestemos atenção às considerações do
outro. Por meio do diálogo podemos apaziguar conflitos, aprofundar
conhecimentos ou mesmo descobrir algo totalmente novo. Como se fosse um espelho
diante do outro, as formas da conversa podem seguir infinitamente, pois
proporcionam pontos de vista variados. Estes pontos de vista enriquecem o conhecimento
de cada um e o de todos. Para um bom diálogo filosófico é necessário:
Assinale V para as
alternativas verdadeiras e F para as alternativas falsas:
( V ) Perguntas
interessantes para começar a reflexão.
( F ) Uma bela
voz para que todos ouçam sua opinião.
( f ) Atenção aos
pressupostos sobre as opiniões apresentadas.
( F ) Falar palavras
difíceis, não usuais, para que todos se impressionem com suas opiniões.
( V ) Bons argumentos
para justificar as suas respostas.
( V ) Ouvir a todos com
respeito e olhar para quem está falando.
( F ) Falar alto para que
suas palavras sejam ouvidas mesmo quando alguém está falando.
3) Leia
o seguinte texto:
“Os
seres humanos admiram a diversidade da natureza e suas transformações há muito
tempo. Na Grécia, há aproximadamente 2.500 anos, tal sentimento despertou as
reflexões dos primeiros filósofos sobre a origem de tudo o que existe. Em seus
pensamentos, esses filósofos acreditavam que, apesar das diferenças, era possível
haver algo em comum entre todas as coisas. Assim, concluíram que tudo resultava
das transformações de um único elemento. Afinal, presenciavam as mudanças de
estado de alguns deles, vendo, por exemplo, a água, o gelo e o vapor. Isso
levou alguns a pensarem que a origem de todas as coisas estivesse na água ou no
ar. Outros, porém, duvidaram que a água, o ar ou qualquer outro elemento
natural fosse capaz de se transformar em tantas coisas diferentes. Por isso,
continuaram refletindo em busca de novas respostas”.
PRENDIN,
Andrea; CZAIKOSKI, Michele. Filosofia: 6º ano. Curitiba: Positivo, 2012.
p. 14.
Assinale
a alternativa correta: Demócrito, filósofo da natureza, sustentava em sua
teoria mais conhecida que:
Alternativas:
(A) Toda a
matéria se originou a partir da combinação entre os elementos terra, fogo, ar e
água.
(B) A realidade
é estática pois o que entendemos como movimento é somente uma ilusão dos
sentidos.
*(C) Uma
afirmação não poderia ser, ao mesmo tempo, verdadeira e falsa, pois isso resultaria
em uma contradição.
(D) Que toda
matéria seria constituída por um número muito grande de átomos, que seriam
pequenas partículas indivisíveis.
(E) Que as
estrelas iluminavam planetas que circulavam em suas órbitas e que, por vezes,
as estrelas caíam no oceano.
4) "A
admiração pode ser relacionada com o espanto, com a estranheza, com o
encantamento e com a surpresa. A admiração, observação e reflexão junto a
nossos colegas leva a uma grande variedade de leituras sobre a realidade. A
variedade de olhares pode ser exemplificada por meio de um caleidoscópio, no
qual é possível somar os reflexos de alguns objetos. A cada movimento, ele cria
uma nova forma, uma nova imagem, composta por combinações múltiplas e
inesperadas. Algo parecido acontece quando as opiniões das pessoas se encontram
num diálogo.”
PRENDIN,
Andrea; CZAIKOSKI, Michele. Filosofia: 6º ano. Curitiba: Positivo, 2012, p. 7.
Num
diálogo, o que vai dar sustentação aos diferentes argumentos?
(A) Como as
pessoas em geral têm pontos de vista muito diferentes sobre as coisas quando
observam e admiram, nada poderá dar sustentação a qualquer argumento.
*(B) Os argumentos
filosóficos são sustentados por meio da admiração e observação à beleza das
palavras.
(C) Os diferentes
pontos de vista sobre as coisas observadas podem ser sustentados por variadas
razões que justifiquem as opiniões.
(D) Os argumentos
filosóficos são sustentados por meio da observação fixa e atenta ao que se
passa em sua volta.
(E)Como as pessoas em
geral têm pontos de vista diferentes sobre as coisas quando observam e admiram,
esses pontos de vista podem ser sustentados por meio da reflexão e do espanto
de quem se encanta por um tema.
5) Segundo o que
você estudou, associe os conceitos abaixo às suas definições:
Alternativas:
(A) Observação
(B) Admiração
(C) Reflexão
(D) Pergunta
(E) Argumento
(F) Critérios
(G) Opinião
( E ) Permite afirmar ou
provar algo.
( A ) É a
verificação de um fato ou acontecimento.
( F ) Permite que
julguemos ou avaliemos algo.
( C ) É o retorno do
pensamento sobre si mesmo e seus atos.
( G ) É uma hipótese,
algo que pode ser ou não ser verdade.
( D ) Surge da admiração
e observação e nos conduz à reflexão.
( B ) É o que motiva a
busca pelo conhecimento filosófico.
6) “A
arte e o pensamento tiveram a natureza como tema constante. Os Gregos se
espantaram com os fenômenos naturais e, assim, desenvolveram os mitos e
posteriormente a filosofia para explicá-los. Contudo, atualmente temos uma
abordagem diferente sobre a natureza. Tanto no sentido de entendê-la quanto
preservá-la”.
PRENDIN,
Andrea; CZAIKOSKI, Michele. Filosofia: 6º ano. Curitiba: Positivo, 2012.
p. 17.
Agora,
leia este trecho do escritor uruguaio Eduardo Galeano sobre a natureza:
“A
saúde do mundo está um horror. 'Somos todos responsáveis', clamam as vozes de
alarme universal, e esta generalização absolve: se todos nós somos
responsáveis, ninguém o é. (…) Muito recentemente soubemos que a natureza se
cansa, como nós, seus filhos, e soubemos que, como nós, pode morrer
assassinada. Já não se fala em dominar a natureza, agora até os seus carrascos
dizem que há que protegê-la. (…) A civilização que confunde os relógios com o
tempo, o crescimento com o desenvolvimento e o pequeno com a grandeza, também
confunde a natureza com a paisagem.”
Alternativas:
(A) Os gregos
pretendiam dominar a natureza, entretanto, atualmente queremos nos integrar a
ela através do uso regrado do tempo.
(B) A natureza
é sensível à atuação humana, portanto, merece cuidados paisagísticos.
(C) A natureza
pode morrer, ou seja, podemos destruir o meio ambiente. Mesmo destruidores da
natureza estão com receio e esforçam-se em cuidá-la.
(D) A natureza
pode ficar hostil à nossa espécie, assim, precisamos correr contra o tempo, nos
desenvolver e melhorar a paisagem.
*(E) A natureza
é frágil, assim como nós, e confundimos o tempo com as horas marcadas no
relógio e apenas observamos as belas paisagens ao invés de as preservarmos.
7) A admiração pode
ser descrita como um sentimento de alegria ou entusiasmo diante de algo que se
julga grande. O filósofo do séc. XVII René Descartes descrevia a admiração
assim:
“Quando o primeiro
contato com algum objeto nos surpreende, e quando nós o julgamos novo ou muito
diferente do que até então conhecíamos... isso nos leva a admirá-lo e a nos
espantarmos com ele. (...) A admiração é uma surpresa súbita da alma, que
a leva a considerar com atenção os objetos que lhe parecem raros e
extraordinários.”
DESCARTES,
René. As Paixões da Alma In: Coleção Os Pensadores, vol. 15. São
Paulo: Abril, 1987. p. 225
Com base no que
você estudou, escolha a alternativa correta em relação a que o filósofo quer
dizer com “considerar com atenção” após observar e admirar.
Alternativas:
(A) Olhar
fixamente é a única forma de considerar com atenção, pois é possível descobrir
algo que ninguém tenha notado.
(B) A
argumentação é a forma de considerar com atenção, pois assim podemos falar
bastante sobre o que admiramos.
(C) Os
pressupostos são a melhor maneira de considerar com atenção, pois assim
percebemos informações que estão envolvidas nas questões filosóficas.
*(D) A reflexão
é a forma de considerar com atenção e assim aprofundar a observação, pois faz
com que busquemos o que está além das aparências das coisas que vemos.
(E) Como o amor
ao saber nasce da admiração que sentimos diante do mundo, é ao amor ao saber
que o filósofo se refere por considerar com atenção.
8) Leia o trecho à
seguir:
Ao observar,
formulamos perguntas sobre o que se apresenta ao nosso olhar. Buscando ver além
das aparências. As perguntas surgem da admiração e da observação. Elas nos
conduzem à busca do saber, por meio da reflexão, e nos aproximam no filosofar.
Perguntando, buscamos entender o que vemos, o que nos cerca e o que acontece.
Agora, diga quais das frases abaixo são verdadeiras em relação às perguntas e
questionamentos:
Assinale V para as
alternativas verdadeiras e F para as falsas:
( F ) Admirar algo nos
deixa inquietos, fazendo com que fujamos de nossas dúvidas e perguntas, pois
elas nos causam desconforto.
( V ) As perguntas são
como ferramentas para nos ajudar a ver além, afinal, são uma maneira de
falarmos sobre o que ainda não temos domínio.
( F ) As perguntas nos
deixam confusos, pois acrescentam mais dificuldades em nossas investigações,
assim, devemos evitá-las.
( V )
As perguntas colocam o pensamento em movimento, pois elas se voltam ao
que pensamos, por isso dizemos que são reflexivas e abrem caminho para novos
pensamentos.
( F ) Uma pergunta faz
com que o outro pense por nós, assim podemos nos dedicar a outras tarefas,
poupando-nos do trabalho da reflexão.
( F ) As perguntas servem
para vencer o debate ao questionar e para deixar as pessoas admiradas.