“Para Sócrates, era importante encontrar um alicerce seguro para
os nossos conhecimentos. Ele acreditava que este alicerce estava na razão
humana. E porque acreditava muito na razão humana, Sócrates foi também um
racionalista convicto. Sócrates
defendia o bom uso da razão para se alcançar o verdadeiro conhecimento. Ela
seria responsável por fazer a passagem da dóxa (opinião) para a epistéme
(ciência).
“Dizem que a mãe de Sócrates era parteira, e o próprio Sócrates
costumava comparar a atividade que exercia como a de uma parteira. Não é a
parteira quem dá à luz o bebê. Ela só fica por perto para ajudar durante o
parto. Sócrates achava, portanto, que sua tarefa era ajudar as pessoas a
“parir” uma opinião própria, mas acertada, pois o verdadeiro conhecimento tem
de vir de dentro e não pode ser obtido “espremendo-se” os outros.” Desta
forma podemos afirmar que Sócrates
comparava suas atividades com a de uma parteira: ele, por meio de seu método
dialógico, auxiliava as pessoas a “darem à luz” seus conhecimentos, passando de
um conhecimento falso para um conhecimento inteligível e verdadeiro.
O principal objetivo da Filosofia Medieval era conciliar a
filosofia com o cristianismo, procurando explicar racionalmente a existência de
Deus, a Verdade.
Na relação sujeito X realidade, vários filósofos encetaram uma
busca por uma boa compreensão dessas questões. Cada filósofo desenvolveu um método
ou argumento característico,como:
Descartes – dúvida hiperbólica
Sócrates – com o método dialógico
Santo Agostinho – com o Cristianismo
Kant – Criticismo
Considerando a relação sujeito x realidade trazida por Santo
Agostinho podemos afirmar que Santo Agostinho tinha como pressuposto apenas uma certeza: o eu,
que ao duvidar, percebia-se errando e enganando-se. Daí veio a certeza
inquestionável: Se me engano, existo!
Acerca dos os
conhecimentos sobre René Descartes podemos afirmar que Descartes assumiu um método para
afastar qualquer contradição que existisse em suas crenças: a dúvida
hiperbólica. Com ela, ele duvidava e problematizava suas crenças. As que sobrevivessem
a esse método poderiam ser consideradas verdadeiras.
A filosofia cartesiana começou investigando não a natureza, nem
Deus mas os limites do conhecimento humano. A dúvida hiperbólica é uma prova
dessa busca.
Kant defende que o homem deve fazer uso público de sua razão,
rumo ao esclarecimento, usando seu entendimento de maneira autônoma.
Na medida em que deve haver razão nas ciências, algo tem que ser
conhecido e o conhecimento da razão pode
ser referido de dois modos ao seu objeto: ou meramente para determinar este e
seu conceito (que precisa ser dado alhures) ou também para torná-lo real.
A base da filosofia
kantiana está expressa nesse fragmento de texto: as estruturas a priori.
Anteriores à experiência, podem tanto determinar os objetos quanto ser a forma
deles.
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