6* ANO
7* ANO
“O mundo oscila entre a indiferença e a intolerância. A simpatia parece
ter desaparecido. [...] Não nos escutamos mais, não nos enxergamos mais [...]
Já não se trata da recusa da solidariedade com o outro, mas da recusa do outro
[...] a recusa da diferença [...] a negação de qualquer autonomia ou
diversidade.”
PISANI, Edgard. Introdução. In: ALVES, Zélia Maria M. B.; FISCHMANN,
Roseli (orgs). Crianças e adolescentes: construindo uma
cultura da tolerância. São Paulo: USP, 2001. p. 79.
O texto acima fala de uma realidade em que diferentes valores foram
esquecidos. Associe os conceitos abaixo com as suas definições:
a) Comunidade
b) Cultura
c) Diversidade
d) Solidariedade
e) Empatia
( ) Hábitos e costumes compartilhados no convívio
social.
( ) Grupo de pessoas que
convivem e se relacionam de maneira mais próxima.
( ) Relação de
responsabilidade entre pessoas unidas por interesses comuns.
( ) Diferença, algo que não é
igual, multiplicidade.
( ) Capacidade de se colocar
no lugar do outro.
2) “Isto sabemos.
todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família [...] Tudo o
que acontece com a Terra, acontece com os filhos e filhas da Terra. O homem não
tece a teia da vida; ele é apenas um fio. Tudo o que faz à teia, ele faz a si
mesmo.”
PERRY, Ted. A carta do cacique Seattle. In: CAPRA, Fritjof. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos
sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 1997. p. 9.
O texto acima se refere à ligação existente no mundo. Tudo está
interligado, formando a teia da vida. Sobre a metáfora da teia da vida, é
possível dizer que:
a) a teia da vida nos mostra uma ligação utópica entre as pessoas, não
existe a possibilidade de acontecer em uma sociedade individualista.
b) a teia representa a nossa ligação com pessoas, não tem a ver com a
nossa relação com o ambiente, a natureza, a flora e a fauna.
c) apesar de termos relações com vários elementos naturais, seres vivos
e com outras pessoas, esse vínculo não afeta quem somos ou deixamos de ser.
d) a inter-relação existente na teia da vida determina toda a estrutura
da teia, portanto todas as partes dela resultam da união com outras partes.
e) a teia representa muito bem a ligação existente na natureza, muito
diferente daquilo que acontece com os seres humanos.
3) “Tu não
és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não
passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me
cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo.
E eu serei para ti única no mundo.”
SAINT-EXÚPERY, Antoine de. O pequeno príncipe. Rio de Janeiro:
Agir, 2006.
De acordo com o texto, assinale a alternativa correta:
a) Para a raposa, é a partir da convivência que criamos a afinidade e a
partir disso tornamos o outro importante em nossa vida.
b) Para a raposa, o príncipe era apenas mais um garoto, não tinha
interesse em conhecê-lo.
c) A raposa mostra que, a partir do momento que fazemos amizade, o nosso
amigo se torna único, não abrindo possibilidades de outras amizades.
d) A raposa estava com receio de se relacionar com o príncipe, pois para
ela a amizade se dá entre pessoas iguais e não diferentes.
e) O que uniria o príncipe e a raposa era o conhecimento que tinham
construído e não suas afinidades.
4) Leia o
texto:
“Viver temporariamente sua vida, mover-se delicadamente dentro dela sem
julgar, perceber os significados que ele/ela quase não percebe, tudo isto sem
tentar revelar sentimentos dos quais a pessoa não tem consciência, pois isto
poderia ser muito ameaçador. Implica em transmitir a maneira como você sente o
mundo dele/dela à medida que examina sem viés e sem medo os aspectos que a
pessoa teme. Significa frequentemente avaliar com ele/ela a precisão do que
sentimos e nos guiarmos pelas respostas obtidas. Passamos a ser um companheiro
confiante dessa pessoa em seu mundo interior.”
ROGERS, C. R.; ROSENBERG, R. A pessoa como centro. São Paulo: E.P.U.,
1977. p. 73.
Esse texto trata de qual conceito?
a) Responsabilidade, pois assumimos o papel de guia dos nossos amigos,
orientando-os na direção certa.
b) Empatia, pois quando nos colocamos no lugar do outro, podemos
compreender o seu mundo observando o que o agrada e o que o agride.
c) Compaixão, pois quando ajudamos uma pessoa, nos compadecemos e temos
piedade, passamos a ser companheiros verdadeiros.
d) Gentileza, pois quando somos gentis queremos descobrir tudo o que a
pessoa é, a sua intimidade, para poder ajudá-la.
e) Diversidade, pois passamos a ser um na medida em que entendemos a
diferença da pessoa.
5) “Quando
juntarmos você comigo...
Cordão umbilical e umbigo
A gente vai ser só um
E até lá eu não vou caminhar mais sozinho
O distante será meu vizinho
E o tempo será
A hora que eu quiser!!! Oras!!!”
ANITELI, F. O tudo é uma coisa só. In: TEATRO MÁGICO. Entrada para raros. São Paulo: Independente, 2003. CD.
Faixa 18.
Essa música fala das relações que estabelecemos na sociedade. Quanto
mais diferente é a cultura, maior é a possibilidade de aprendermos com a
diferença. A respeito disso, assinale a(s) afirmativa(s) verdadeira(s).
a) O respeito à diversidade tem limites. Podemos respeitar apenas aquilo
que é aceitável de acordo com o nosso ponto de vista.
b) A principal marca da diversidade é a divisão, visto que quando
pensamos diferente nos dividimos.
c) O respeito à diversidade nos faz aceitar as opiniões das pessoas e
concordar com elas.
d) A diversidade nos ajuda a vivermos em uma sociedade de diferenças,
contudo não contribui para o nosso crescimento sobre nós mesmos.
e) A diversidade entende as semelhanças entre as pessoas, enfatizando os
seus pontos em comum mas respeita suas individualidades.
6) “Um asno,
de passo tardo, mal podendo suportar o pesadíssimo fardo que tinha de carregar,
pediu ao cavalo: - Amigo, podes dividir comigo a carga que mal suporto? Se
assim continuar, muito em breve estarei morto. O cavalo respondeu: - Com isso
pouco me importo. Sem demora, o asno morreu. Então o dono dos dois transferiu
para o cavalo todos os sacos de arroz.”
LA FONTAINE. O asno e o cavalo. In: SARAIVA, Juracy A. Palavras, brinquedos e brincadeiras: cultura oral na
escola. Porto Alegre: Artmed, 2011. p. 213.
Essa fábula de La Fontaine representa o que muitas vezes acontece nas
relações entre as pessoas. Com base na fábula e no que estudou, indique que
atitude faltou ao cavalo.
a) O respeito, pois o asno queria que o cavalo o respeitasse ajudando-o,
mas a atitude do cavalo foi desrespeitosa.
b) A amizade, pois se o asno fosse amigo do cavalo, ele teria levado os
sacos sem reclamar.
c) A solidariedade, pois se o cavalo cooperasse com o asno, não sofreria
as consequências da ausência dele.
d) A inteligência, pois, independentemente do que acontecesse com o
asno, se fosse inteligente, teria salvado a sua pele.
e) A força, pois o cavalo sabia que não podia suportar aquele fardo e
por isso se recusou a ajudar o asno.
7) Somos
bons por natureza? Somos maus por natureza? Bem, podemos ser maus em
decorrência da sociedade ou a nossa própria natureza tende ao mal? Essas
questões foram amplamente discutidas por Rousseau e por Hobbes e nos ajudam a
entender quem somos.
Sobre Rousseau e Hobbes, assinale V para alternativas verdadeiras e F
para falsas:
( ) De acordo com
Hobbes, o estado de satisfazer suas próprias vontades leva os homens à guerra
de todos contra todos.
( ) Para Hobbes, os
homens são livres para fazer o que quiserem, mas precisam de leis para terem
uma vida em sociedade.
( ) Rousseau afirma que
o homem é mau por natureza e quando está em sociedade se torna bom, pois se dá
conta do seu egoísmo.
( ) Ambos os filósofos
acreditavam que o ser humano é egoísta e deseja suas próprias vontades.
( ) Para Rousseau, o
egoísmo é uma consequência da vida em sociedade.
8) Muito
mais do que palavras, as nossas atitudes devem demonstrar a nossa empatia para
o mundo, pois elas falam muito mais do que nossas palavras.
Analise os casos abaixo e marque V (verdadeiras) para atitudes que
demonstram empatia e F (falsas) para atitudes que não demonstram empatia:
( ) João estava
brincando com Carlos. Ambos estavam com seus próprios brinquedos, pois não
queriam perdê-los.
( ) Nina estava na
internet e não gostou de um comentário da Katia. Então, prontamente excluiu
Katia de seus amigos.
( ) Julia escutou Laura
falar mal dela para Tika. Chamou então Laura em um canto e conversou com ela
sobre as suas diferenças.
( ) Paulo e Ricardo
sempre vão ao estádio juntos assistir a uma partida de futebol e, embora torçam
para times diferentes, sentam lado a lado.
( ) Lia e Paty riam de
Carla porque era a menor da sala. Ivo não deu atenção à conversa das duas e
brincou com Carla no recreio.
9) Ana Luísa
está fazendo um intercâmbio em nosso país. No lugar onde ela mora, a cultura é
bem diferente da nossa, tanto com relação à comida e ao modo de se vestir, como
também à forma de se relacionar com as pessoas. Ela ainda tem dificuldades com
o nosso idioma e com o nosso estilo de vida.
Vendo o caso de Ana, como os seus colegas podem demonstrar respeito por
ela?
a) Mostrando que no Brasil as coisas são bem diferentes, ela precisa se
vestir como os brasileiros para estar na moda.
b) Mostrar a ela que a nossa cultura é muito mais avançada que a dela, e
que por isso deve deixar os seus costumes culturais e passar a ter os nossos.
c) Agir com sinceridade e dizer que deve voltar o quanto antes para o
seu país de origem, pois seu estilo é totalmente diferente do nosso.
d) Falar com ela apenas no nosso idioma, não importando se ela entende
ou não, somente assim ela conseguirá aprender o português.
e) Aceitá-la do jeito que é, com a sua cultura e estilo de vida, pois
mesmo sendo diferente ela deve ser valorizada pelo que é.
10) “Aquilo
que eu considero como lei para mim, reconheço-o como um sentimento de respeito
que não significa senão a consciência da subordinação da minha vontade a uma
lei, sem intervenção de outras influências sobre a minha sensibilidade. O
respeito é propriamente a representação de um valor que causa dano ao meu
amor-próprio.”
KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica
dos costumes e outros escritos. São Paulo: Martin Claret, 2004. p.
32.
Kant se preocupou em estabelecer fundamentos para uma lei universal dos
homens, considerando como base a humanidade. Com relação ao pensamento de Kant,
assinale V para alternativas verdadeiras e F para falsas:
( ) Aja pensando nas
consequências caso o seu ato fosse realizado por todas as pessoas do mundo.
( ) Aja de tal maneira
que use a humanidade como fim e nunca simplesmente como meio.
( ) Aja de tal maneira
que a humanidade seja um meio para suas conquistas e realizações pessoais.
( ) Aja como se a sua
ação fosse mais uma em uma sociedade ampla e plural.
( ) Aja da mesma forma
como foi tratado, pois isso possibilitará a justiça na sociedade.
GABARITO
1 – B,A,D,C,E
2 – D
3 – A
4 – B
5 – E
6 – C
7 – V,V,F,F,V
8 – F,F,V,V,V
9 - E
10 – V,V,F,F,F
7* ANO
1) "Nós, homens do
conhecimento, não nos conhecemos; de nós mesmos somos desconhecidos."
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral: uma
polêmica. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. § 01.
A citação acima fala a respeito do conhecimento humano e de como devemos
nos posicionar diante dele. Sobre o aprendizado humano, é possível dizer que:
a) o homem já nasce consciente daquilo que é, a sociedade apenas
potencializa essa percepção.
b) tudo o que o homem apreende vem dele mesmo, a sociedade prejudica o
conhecimento de si.
c) o ser humano necessita aprender a ser humano, e por isso o convívio
com os outros é importante em sua construção.
d) a experiência com a sociedade faz com que o ser humano se torne
uniforme e homogêneo.
e) precisamos que pessoas nos digam quem realmente somos, para
aprendermos a nossa verdadeira essência.
2) O Brasil nos possibilita uma
diversidade cultural que nos faz perceber o mundo e as pessoas de diferentes
maneiras. Os estilos, os grupos sociais e as tribos urbanas que compõem o nosso
país se tornam uma riqueza nacional, contudo também enfrentamos alguns
problemas culturais tais como o preconceito, a construção de estereótipos, o bullying, etc. Eles tentam manchar essa
diversidade e devemos cuidar para não cometermos esses erros.
Segundo o que você estudou, associe os conceitos abaixo às suas
definições:
a) Cultura
b) Bullying
c) Estereótipo
d) Preconceito
e) Gosto
( ) Generalizações que as
pessoas fazem sobre as características ou comportamentos de grupos sociais ou
de indivíduos.
( ) Capacidade de emitirmos
nossa opinião a respeito de algo de acordo com o nosso julgamento e
sensibilidade.
( ) Costumes, símbolos,
tradições, valores, modos de viver e conviver partilhados por um grupo de pessoas.
( ) Atitude de humilhação,
violência e discriminação contra alguém por diferenças físicas e culturais.
( ) Atitude de julgamento
precipitado a respeito de alguém, antes mesmo de conhecê-lo.
3) “Eles querem te vender,
Eles querem te comprar,
Querem te matar (de rir),
Querem te fazer chorar
Quem são eles?
Quem eles pensam que são?
Vender, comprar, vendar os olhos
Jogar a rede... contra a parede
Querem te deixar com sede
Não querem te deixar pensar.”
GESSINGER, Humberto. 3.ª do plural. In: ENGENHEIROS DO HAWAII. Acústico MTV. São Paulo: Universal, 2004. CD. Faixa 12.
A música acima relata a nossa realidade midiática querendo muitas vezes
manipular os nossos gostos e vontades. A partir dessa música, é possível dizer
que:
a) a manipulação nos faz conscientes daquilo que somos e de como devemos
nos comportar.
b) a manipulação dos nossos gostos faz com que a nossa autonomia seja
valorizada e reconhecida diante da sociedade.
c) a mídia nos ajuda a desenvolver o senso crítico com relação a “o que
é” e “o que não é” moda.
d) a manipulação dos meios de comunicação promove uma anulação das
nossas vontades e gostos.
e) estar na moda a partir da mídia ou da influência dos amigos não é uma
manipulação, mas antes uma forma de aceitação social, Em outras palavras, é
sermos aceitos pela sociedade.
4) “Todos nós manifestamos uma visão
de mundo e, na maior parte do tempo, não nos damos conta dos signos que vamos
emitindo. A roupa que já nos socorreu em meio a intempéries, já nos cobriu as
‘vergonhas’, descolou dessa funcionalidade básica e dificultou seu discurso: ela nos exibe como,
de fato, nos constituímos ou de como desejaríamos nos constituir.”
PRECIOSA, Rosane. Produção estética: notas sobre roupas,
sujeitos e modos de vida. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2005. p. 29.
No texto acima, vemos uma exposição das mudanças que sofremos com
relação aos nossos gostos e visões de mundo. Diante disso podemos dizer que:
( ) a moda serve apenas para sabermos
quais são as novas tendências que devemos seguir.
( ) a moda está, em parte, ligada com a
cultura e com o contexto histórico. Cada época tem uma forma e um modo de fazer
moda.
( ) a moda é ditada pelos
estilistas, artistas e costureiros, que difundem as novas tendências.
( ) somos nós quem
criamos a moda, uma vez que a escolha dos itens que nos vestem e adornam
expressa as nossas opções individuais e personalidade.
( ) muito mais do que uma
roupa, acessórios, um corte de cabelo, estilos, a moda representa ideias,
pensamentos e atitudes.
5) “Cedo ou tarde, todos os povos do
mundo descobrirão o caminho para a convivência pacífica, e, com isso,
transformarão esta pendente elegia cósmica em um abençoado salmo de
fraternidade. Para que essa conquista se concretize, a humanidade deverá
desenvolver, para todos os conflitos humanos, um método que repudie a vingança,
a agressão e a retaliação. A base desse método é o amor.”
KING JR., Martin Luther. Discurso de agradecimento ao Prêmio Nobel da
Paz. In: CARSON, C.; SHEPARD, K. (Eds). Um apelo à
consciência: os melhores discursos de Martin Luther King. Rio de Janeiro: Zahar,
2006.
Martin Luther King Jr. lutou contra a segregação racial, o preconceito e
as desigualdades sociais. Com base no que estudou, como podemos superar o
preconceito?
a) Relacionando-nos com os nossos pares, ou seja, pessoas que têm a mesma
cultura, religião, política que a nossa.
b) Incentivando a igualdade da sociedade, pois, sendo iguais, não haverá
preconceito.
c) Aceitando as diferenças das pessoas em seus diferentes aspectos,
respeitando os seus pontos de vista.
d) Tendo impressões antecipadas a respeito das pessoas que conhecemos,
pois a primeira impressão é a que fica.
e) Discriminando e rejeitando aqueles que praticam o preconceito,
somente dessa forma conseguiremos promover a cultura da paz.
6) O conceito de imitação foi
analisado por muitos filósofos, entre eles Aristóteles e Kant. Este último se
apropriou de muitos pensamentos de Aristóteles para elaborar a sua própria
filosofia.
Sobre o conceito de imitação entre Kant e Aristóteles, assinale a
alternativa correta:
a) Kant mostra que imitar é uma questão de escolha humana, não tendemos
naturalmente à imitação.
b) Para Aristóteles, a tendência humana é comparar o próprio
comportamento com o de alguém mais importante. Vemos isso quando a criança
tenta imitar o adulto.
c) Kant e Aristóteles mostram que o homem começa a imitar a partir da
sua inserção na sociedade, é ela que o incita à imitação.
d) A imitação para Aristóteles nos ajuda a compreender aqueles que imitamos,
ou seja, para termos boas amizades precisamos ser iguais.
e) Para Kant, a tendência humana é imitar e fazemos isso mediante
aqueles que consideramos superiores a nós mesmos.
7) “Foi pra diferenciar
Que Deus criou a diferença
Que irá nos aproximar
Intuir o que ele pensa
Se cada ser é só um
E cada um com sua crença
Tudo é raro, nada é comum
Diversidade é a sentença.”
LENINE. Diversidade. Lenine.doc – Trilhas. Rio de Janeiro:
Universal, 2010. 1 CD. Faixa 10.
Nessa música, Lenine fala a respeito da importância da diversidade
cultural em nossa sociedade. Ela faz com que cada pessoa seja rara e especial.
Sobre a diversidade cultural, podemos dizer que:
a) a preferência por uma raça em algum país demonstra a diversidade
cultural.
b) os valores culturais de uma determinada sociedade podem ser
utilizados em outras sociedades, pois a cultura é homogênea.
c) existem mais elementos ruins do que bons na diversidade cultural. O
preconceito e a discriminação são exemplos disso.
d) os meios de comunicação guiam nossos gostos e comportamentos, nossa
diversidade cultural é formada por eles.
e) o respeito mútuo é o que permite que a diversidade cultural se
estabeleça, pois une as diferenças em uma determinada sociedade.
8) “As naturezas ativas,
bem-sucedidas, não agem segundo a sentença “conhece-te a ti mesmo”, mas como se
pairasse diante delas o mandamento: quer um si mesmo, e assim te tornarás um si
mesmo. O destino parece ter-lhes deixado sempre ainda a escolha; enquanto os
inativos e contemplativos meditam de como, daquela vez e de uma vez por todas,
ao entrarem na vida, escolheram.”
NIETZSCHE, F. Humano demasiado humano. São Paulo: Companhia
das Letras, 1991. p 336.
Vemos que o “conhece-te a ti mesmo” socrático dá lugar a um
“torna-te quem tu és" em Nietzsche. Isso mostra que:
a) como seres ativos, vivemos a cada momento uma transformação de quem
somos, nos inventando e indo além de quem somos.
b) nos tornar quem somos é nos conhecer, com a diferença de que
precisamos da ajuda da sociedade para isso.
c) à medida que nos tornamos quem somos, percebemos que a nossa
transformação é um processo natural humano.
d) enquanto Sócrates pensa em um ser dinâmico, que está a cada momento
se conhecendo, Nietzsche pensa em um ser estático, que precisa se encontrar.
e) nos tornar quem somos nos remete a uma meditação para além da nossa
realidade, uma percepção do mundo diferente daquela que vivemos.
9) “Se já não sei quem eu sou
E vivo sempre a esperar
A tendência, a tendência
Mudei o look, aumentou
Minha audiência sem eu precisar
De essência, de essência
Posso ser triste, emotivo
Alegre ou deprimido
Mudo até você me aceitar
Eu posso ser um nerd assumido
Ou fashion colorido
O que importa é alguém comprar.”
VASCO, André; MION, Marcos. A tendência. In: STRIKE. Hiperativo. São Paulo: Deckdisc/Arsenal Music,
2010. 1 CD. Faixa 2.
O que os filósofos estudados nesta unidade falariam a respeito dessa
música? Marque V para alternativas verdadeiras e F para falsas.
( ) Esta necessidade de
buscar a partir da sociedade o que você é, é o que eu chamo de torna-te o que
tu és. (Nietzsche).
( ) A intenção consumista
da música é uma das características da moda, visto que ela tende à vaidade
(Kant).
( ) Se a nossa tendência
natural é imitar, então estamos sempre procurando modelos na sociedade para
imitá-los. (Aristóteles).
( ) A busca de novidades em
vista da aceitação de quem sou pela sociedade pode ser considerada moda.
(Kant).
( ) Quando tentamos agradar
os outros em vista de uma aceitação em um determinado grupo, nos distanciamos
daquilo que realmente somos. (Nietzsche).
10) "Inesperadamente, um
rinoceronte surge na praça de uma cidade desconhecida. Todos os cidadãos se
assustam, mas a vida continua. Então aparecem outros rinocerontes. São eles
partes de uma ilusão? De onde vieram? Uma sucessão de fatos faz com que haja
uma transformação dos humanos em rinocerontes. Toda a cidade se sente vítima da
'rinoceronite', a doença que os transforma em rinocerontes. Eles começam a
apreciar a moda de ser deste animal, e começam a achar estranho o estilo humano
de vida. Entretanto Bérenger se nega a se comportar como todos, mesmo
desprezado, inclusive pela sua noiva, não foge da sua própria consciência: 'Ah,
como gostaria de ser como eles. Mas, infelizmente, não tenho como! Infeliz
daquele que quer conservar a sua originalidade! Muito bem! Tanto pior! Eu me
defenderei contra todo mundo! Sou o último homem, hei de sê-lo, até o fim! Não
me rendo!' "
IONESCO, E. Rinoceronte. São Paulo: Agir,
1994.
A peça Rinoceronte critica os
estereótipos criados pela sociedade contemporânea. Sobre estereótipos, assinale
V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas:
( ) O sentimento reprimido de ser como
eles mostra o quanto Bérenger era estereotipado.
( ) Muitas vezes o
estereótipo é gerado pelo consenso criado por um determinado grupo ou
comunidade.
( ) Estereótipo pode
ser compreendido como um estilo de vida, uma forma de bem viver.
( ) Mesmo desprezado,
Bérenger não deixou de ser quem ele realmente era, não assumindo a postura
coletiva.
( ) Bérenger,
rejeitando ser um rinoceronte, mostra-se preconceituoso com a sociedade na qual
vive.
GABARITO
1 – C
2 – C,E,A,B,D
3 – D
4 – V,V,V,F,V
5 – C
6 – E
7 – E
8 – A
9 – F,V,V,V,V
10 – F,V,F,V,F
8* ANO
De que forma os mitos e lendas representam uma maneira simbólica de
explicar e justificar aspectos da realidade?
a) As narrativas mitológicas apresentam um caráter lúdico, utilizando-se
de histórias fantásticas para transmitir uma mensagem.
b) As histórias eram apresentadas de maneira alegórica, ou seja,
utilizando-se de imagens para retratar determinadas situações.
c) As histórias, assim como toda fábula, apresentam um situação fictícia
vivenciada por algum personagem imaginado, para com isso ilustrar algum
conteúdo que se queira ensinar.
d) As imagens ilustradas pelas histórias representavam alguma situação a
partir da qual buscava-se extrair o significado de nossa realidade.
e) Todas estão corretas.
2) Em que sentido a filosofia representa uma ruptura
com o pensamento mitológico?
a) A filosofia representa o primeiro esforço no sentido de tentar
explicar a realidade a partir de princípios lógicos e racionais.
b) Tal ruptura é apenas aparente, pois na medida em que a filosofia
ainda não havia desenvolvido a ciência, suas teorias e hipóteses possuem o
mesmo aspecto lúdico dos mitos.
c) A filosofia procura entender a realidade a partir de
pressupostos, hipóteses e teorias, investigando a verdade de tais suposições.
d) A filosofia, assim como os mitos, investiga a causa daquilo que
observamos na natureza, procurando compreender tais fenômenos a partir de
princípios lógicos e abstratos.
e) Todas estão corretas.
3) Na medida em que
os mitos apresentam as ações de personagens atribuindo a eles um caráter
heroico, eles inspiram as ações dos demais homens, servindo de parâmetro para a
conduta daqueles. Nesse sentido, tais histórias possuíam um caráter:
a) racional.
b) religioso.
c) moralizador.
d) filosófico.
e) aristocrático.
4) No mito de Prometeu e Epimeteu contado por Platão,
com base nos relatos de Protágoras, estabelece-se uma relação entre
________________,____________________ e __________________, na medida em que se
vincula respeito, justiça e organização, dádivas de Zeus trazidas por Hermes,
para cessar o estado de violência e disputas ao qual os homens estavam
submetidos.
a) convivência social, moralidade e política.
b) religião, moralidade e mitologia.
c) civilização, política e cultura.
d) educação, política e filosofia.
e) cultura, paz e sociedade.
5) _______________________ defendeu que, diante da
condição de guerra de todos contra todos, na qual cada um seria livre para
fazer o que quisesse, para haver paz e segurança, seria melhor que cada um
cedesse parte da sua liberdade em favor de um líder, atribuindo a ele
autoridade. Essa teoria foi chamada de contratualismo.
a) David Hume.
b) Thommas Hobbes.
c) Immanuel Kant.
d) Aristóteles.
e) Platão.
6) Consiste no respeito e na atenção aos deveres que possuímos, exigindo o
cumprimento da nossa parcela de responsabilidade em nosso convívio em
sociedade, da mesma forma que somos assistidos por direitos inalienáveis
(inegáveis), os quais estabelecem uma relação de equilíbrio com os nossos
deveres. A essa relação damos o nome de:
a) política.
b) sociedade.
c) cidadania.
d) contrato.
e) lei.
7) Qual a relação entre moralidade e a ação voluntária
conforme o dever?
a) A ação moral não deve levar em conta se é útil, conveniente ou
agradável a alguém, mas apenas se é justa.
b) Agir voluntariamente conforme o dever significa ter a consciência do
que é o correto a ser feito e agir de acordo com isso por vontade própria.
c) De acordo com a ideia de Immanuel Kant sobre a moralidade, a
ação deve visar aquilo que consideramos racionalmente certo.
d) Consiste em reconhecer aquilo que todos deveriam fazer e agir em
consonância (de acordo) com esse preceito (ideia), reconhecendo que ninguém,
nem mesmo nós, devemos buscar privilégios.
e) Todas estão corretas.
8) A política é o espaço no qual direitos e deveres
são estabelecidos, os quais devem estar relacionados à noção de justiça. A
__________________ possibilita que cada classe seja representada politicamente,
cabendo aos seus representantes elaboração de leis que atendam as necessidades
da população e estabeleçam os limites da convivência.
a) justiça.
b) lei.
c) filosofia.
d) democracia.
e) sociedade.
9) Qual a relação entre organização social, liberdade
e política?
a) Por meio das leis obtemos a garantia da seguridade de nossa
vida, da nossa propriedade, da liberdade de agir dentro do admissível em
nossa sociedade, sendo tudo isso produto de conquistas políticas.
b) Por meio da política se estabelecem as leis que tornam possível
a organização da sociedade, garantindo a cada membro os mesmos direitos e
deveres.
c) Por meio da política é possível a representação dos interesses
das mais diversas classes sociais, buscando-se atender suas demandas, mas sem
que isso implique em prejuízo às demais pessoas.
d) A justiça é estabelecida conforme aquilo que foi acordado entre
a sociedade, por meio da política, elaborando-se leis que, embora
limitem a liberdade de cada um, concedem e asseguram direitos a todos.
e) Todas as alternativas.
10) Sabemos que na Grécia Antiga, no
século IV a.C., mulheres, estrangeiros, crianças e escravos não eram
considerados cidadãos. Havia a escravidão por dívida e por condenação criminal.
Um recenseamento populacional efetuado por Demétrio de Falero (discípulo
de Aristóteles) no final do século IV a.C. revelou os números de 21.000
cidadãos (aristocratas, donos de terras: cidadãos), 10.000 metecos (pequenos
comerciantes: não cidadãos) e 400.000 escravos. Dessa forma, podemos afirmar
que:
I) Na Grécia Antiga,
"cidadão" era aquele que possuía o direito à participação política na
cidade, isso incluía a participação nas decisões sobre as leis e os tribunais.
II) Os gregos antigos entendiam a
igualdade como um atributo entre aqueles que eram considerados cidadãos.
Ou seja, aqueles que eram cidadãos da cidade possuíam os mesmos direitos e
deveres entre si.
III) A cidadania era um atributo apenas daqueles que possuíam terras, ou seja,
dos aristocratas, não sendo estendida às demais pessoas indistintamente. Neste
sentido, apenas uma classe social tinha plena participação nas decisões
pertinentes à administração da cidade.
DAS ALTERNATIVAS ACIMA, ESTÃO
CORRETAS:
a) I, II.
b) I, III.
c) I, II, III.
d) II, III.
e) Nenhuma das alternativas está
correta.
GABARITO
1 - E
2 – A, C
3 - C
4 - A
5 - B
6 - C
7 - E
8 - D
9 - E
10 - C
9* ANO
1) Práticas de combate à miséria,
incentivo à educação e à igualdade de oportunidades, zelo pela saúde de
gestantes e crianças, combate às doenças com as maiores taxas de mortalidade do
planeta, promoção de políticas de preservação do meio ambiente e saneamento
básico, assim como de políticas para o desenvolvimento econômico de países
pobres e da parcela mais carente de uma mesma sociedade, estão relacionadas à
noção de:
a) política capitalista.
b) política socialista.
c) utopia.
d) justiça social.
e) desenvolvimento.
2) Como as noções de
propriedade privada, exploração e desigualdade social se relacionam?
a) A propriedade privada estabelece a posse de bens, o que nem
sempre esteve relacionado apenas à capaciade de trabalho das pessoas, mas
também à exploração da mão de obra escrava, por exemplo.
b) A desigualdade social teria se originado em razão do acúmulo de
bens por parte de algumas classes sociais, a partir da exploração econômica das
demais ou de outras nações.
c) Em algum momento da história, parte daquilo que era produzido por uma
comunidade (alimentos, animais, objetos) passou a ser destinado a outros não
envolvidos com tal produção, sob o pretexto da necessidade de se pagar o uso
daquela terra ao seu verdadeiro proprietário.
d) Em vez de considerar a terra como um bem comum, ao cercá-la e
estabelecer a sua posse, retira-se a possibilidade de uso daquela pelos
demais, restringindo-a apenas ao seu proprietário, o qual poderá utilizá-la
para produzir coisas que os outros terão de adquirir, uma vez que já não
possuem meios próprios para produzi-las.
e) Todas estão corretas.
3) Em que sentido o Estado poderia atuar
para minimizar as desigualdades sociais?
a) Reduzindo sua burocracia administrativa e redistribuindo de forma
racional aquilo que arrecada.
b) Cobrando impostos dos mais ricos para assim ter recursos para
financiar serviços públicos às classes mais pobres.
c) Confiscando os bens dos mais ricos e redistribuindo-os entre a
população de forma geral.
d) Formulando leis que atendam as necessidades das classes de forma
democrática e justa.
e) Legislando em favor de grandes empresas, em razão do investimento que
elas realizam no país, gerando riquezas para este.
4) O paralelo realizado pelo poema
"Estatística" de Sidónio Muralha, entre o necessário para se destruir
e para criar, para salvar uma vida ou acabar com muitas, para saciar a fome ou
desprezar tal condição em que muitos vivem, evidencia:
a) a contradição a que nossa sociedade está entregue, cujos valores
perpetuados nem sempre preconizam (valorizam) o bem comum e a preocupação com o
outro.
b) o descaso de nossos políticos para com a fome, a miséria e a
doença no mundo.
c) o absurdo que é gasto com coisas supérfluas (desnecessárias)
como os conflitos políticos, enquanto as pessoas têm suas necessidades
relegadas a segundo plano.
d) uma denúncia da forma desrespeitosa como a vida vem sendo tratada nas
mais diferentes classes e instituições sociais.
e) todas as alternativas estão corretas.
5) Nos conflitos bélicos, o poder é
assumido através da força e da coerção dos grupos antagônicos àquele que o
conquista. Neste sentido, são produtos da tomada do poder:
a) a perda da liberdade.
b) a opressão de um grupo sobre os demais.
c) o controle sobre as formas de comunicação.
d) a perda do direito à propriedade privada.
e) todas estão corretas.
6) Em determinados casos, atribui-se
legitimidade às guerras, o que é feito com base em critérios como "motivo
gravíssimo" ou "paz como objetivo final", entre outros fatores.
Isso significa que a legitimidade está sendo entendida como:
a) uma causa justa.
b) um motivo supérfluo.
c) um discurso.
d) um posicionamento.
e) uma ideologia.
7) Em nosso cotidiano, não é difícil
encontrar elementos relacionados à _________________________ . Em desenhos
animados, por exemplo, é frequente o tema da luta de "super-heróis"
contra os inimigos da paz e da ordem. Nestes, podemos perceber a imagem
estereotipada do herói e do vilão, as quais introduzem noções sobre o bem, o
mal e a justiça que nem sempre estão relacionadas à questão da tolerância e da
solução pacífica para os conflitos sociais e entre nações.
a) justiça social.
b) utopia.
c) cultura de guerra.
d) educação.
e) criminalidade.
8) Muitos dos conflitos pelos quais a humanidade já passou (e pelos que
ainda passa) foram justificados pelas partes envolvidas por um discurso que
mascara a realidade e a inverte em favor de uma das partes. Esse tipo de
discurso manipula a população para que esta acredite que tais conflitos estão
relacionados a uma causa justa. Em realidade, eles encobrem posicionamentos
intolerantes, preconceituosos e tendenciosos, mas que são perpetuados como
valores relacionados à justiça. Muitas vezes também encobrem interesses
econômicos e de dominação social e política. A esses discursos chamamos de:
a) cultura de guerra.
b) propaganda militar.
c) publicidade política.
d) discurso populista.
e) ideologia.
9) Mediar os interesses dos diversos grupos sociais, de modo que a
igualdade de direitos, oportunidades e a liberdade prevaleçam para todos, é a
função política de um governo:
a) autoritário.
b) oligárquico.
c) ditatorial.
d) democrático.
e) socialista.
10) Como "capacidade de agir", qual a relação entre poder e
política?
a) A política é um veículo de satisfação dos interesses das
diferentes classes sociais, os quais devem ser articulados em favor da justiça
e da liberdade.
b) A política é o meio no qual o poder, como capacidade de
ação, se realiza plenamente.
c) A política é o caminho utilizado pelas classes mais ricas para
prevalecer sobre as demais, impondo seus interesses em detrimento da república
(res publica = coisa pública). É
por isso que possuem poder.
d) A política é o espaço no qual o poder se torna efetivo, uma vez
que as decisões e as ações políticas se refletem sobre a vida de toda uma comunidade.
e) A política é feita pelos mais capacitados, e o poder provém do
reconhecimento e da honra atribuídos a eles pela população.
GABARITO
1 – D
2 – E
3 – A,B,D
4 – A
5 – E
6 – A
7 – C
8 – E
9 – D
10 – A,B,D
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