quinta-feira

QUESTÕES DO PORTAL POSITIVO ENSINO MÉDIO - FILOSOFIA E SOCIOLOGIA

1◦ ANO  - FILOSOFIA
1) “Platão atribui à arte um papel pedagógico primordial no interior da Cidade ideal. Porém, em razão de sua extrema desconfiança diante da arte e dos artistas em geral, seus critérios de seleção são extremamente rigorosos. [...] A intransigência de Platão diz respeito, sobretudo, às artes que se entregam à imitação, em outras palavras, às artes da aparência. A primeira arte visada é a poesia. Sua condenação intervém já no livro III de A República. [...] Platão pede simplesmente que suas leituras sejam censuradas. E qual leitura em particular? A de Homero, culpado por usar palavras assustadoras, 'habitantes dos infernos’, ‘espectros’, ‘Estige’, por mostrar deuses chorosos, em lamentações ou então francamente covardes. Apaguemos estes versos, pede Platão, e substituamos os termos negativos por expressões positivas. Esta poesia propõe-se imitar comportamentos humanos, paixões, emoções. Se se contentasse em imitar as qualidades e as virtudes como a coragem, a temperança, a santidade, ainda passa! Mas a imitação torna-se um hábito que impele a imitar tudo, inclusive os defeitos e os vícios.[...] Esta condenação da poesia imitativa, debilitante e desmoralizante, aplica-se também, naturalmente, e pelos mesmos motivos, à música.[...] Ao longo da obra, a crítica da imitação se precisa e endurece. No livro X ela recebe sua justificação filosófica. Até então, a imitação tinha um sentido bastante vago e geral. Ela extraía sua significação na arte do mimo, do simulador. A arte do simulador consiste em produzir aparências enganosas, simulacros que desviam a atenção tanto da realidade concreta quanto das essências que são, de fato, a única realidade.
JIMENEZ, Marc. O que é estética. RS: Editora Unisinos, 1999. p. 203-205.

Platão:
I. critica a imitação realizada pelas artes da aparência, como a música e a poesia.
II. afirma que a imitação pode tornar-se um hábito, levando o indivíduo a imitar, até mesmo, os vícios.
III. sugere que os versos assustadores de Homero sejam apagados e substituídos.
IV. pede que a criação de poemas, por possuir um papel pedagógico, seja incentivada.

Estão corretas as alternativas: 
a) I e II
b) I, II e IV
c) II e IV
d) II, III e IV
e) I, II e III

2) “A arte é para sentir e não para pensar, apregoa-se por todos os lados. Essa evidência é, entretanto, questionável. Há também uma participação imprescindível da inteligência na fruição da beleza na obra de arte. Quem já teve a oportunidade de observar o trabalho de Rodin, por exemplo, provavelmente ficou extasiado com a plasticidade com que o corpo humano é reproduzido em suas obras. Provavelmente também ficou com vontade de tocá-las, o que felizmente é proibido. Felizmente porque a experiência estética seria perturbada e irremediavelmente interrompida. Se tocarmos a superfície da Danaïde (1889), de Rodin, nos decepcionaremos ao notar que a figura que parece cheia de carne, quente e cheia de sensualidade, na verdade é de mármore; fria e rígida como a morte. A experiência sensível de um toque pode, portanto, impossibilitar a percepção da obra como uma coisa bela. Eis aí um forte indício de que a fruição da beleza na arte não coincide inteiramente com a mera experiência sensorial, mas exige também a participação do pensamento.”
FEITOSA, Charles. Explicando a Filosofia com arte. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. p. 110-111.

De acordo com o texto:

I. a experiência causada pela obra de arte não é guiada apenas pelo sentimento, mas depende, em grande medida, do pensamento.
II. é o sentimento que move o indivíduo quando ele aprecia uma obra de arte.
III. tanto o pensamento quanto o sentimento exercem um importante papel na apreciação de uma obra de arte.
IV. a experiência sensível pode impossibilitar a percepção de uma obra de arte como sendo bela.

Estão corretas as alternativas:
a) I e II
b) , III e IV
c) II e IV
d) II, III e IV
e) I, II e III

3) “Aristóteles abandona inteiramente o idealismo platônico, no que se refere à Beleza como em outros campos. Segundo seu pensamento [...] a beleza de um objeto não depende de sua maior ou menor participação numa Beleza suprema, absoluta, subsistente por si mesma no mundo suprassensível das Essências Puras. Decorre, apenas, de certa harmonia, ou ordenação, existente entre as partes desse objeto entre si e em relação ao todo. Quanto àquela forma especial de Beleza que mais interessava aos gregos, o Belo, exigia ele, ainda, outras características, entre as quais as mais importantes eram uma certa grandeza, uma imponência, e, ao mesmo tempo, proporção e medida nessa grandeza.”
SUASSUNA, Ariano. Iniciação à estética. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008. p. 51.
De acordo com o texto: 
a) Aristóteles destacava a relação da beleza com a imponência, a proporção, a ordenação e a harmonia.
b) A beleza era definida por Aristóteles como a ideia perfeita que daria forma a todas as coisas bonitas.
c) Para o filósofo Aristóteles, a beleza deveria ser associada à ideia do belo e à Beleza absoluta.
d) Segundo Aristóteles, a beleza seria resultado da grandeza, sendo irrelevante se esta possui, ou não, proporção e medida.
e) No que se refere à beleza, Aristóteles foi um grande defensor do pensamento de Platão.

4)  “Platão (427 – 348 a.C.) já não tem essa preocupação prática de encontrar objetos belos. Ele não se pergunta o que é belo, mas o que é ‘O Belo’. Ele não está preocupado com a beleza que se encontra nas coisas, mas numa beleza ideal. Isso quer dizer que os objetos só são belos na medida em que participam do ideal de beleza, que é perfeito, imutável, atemporal e suprassensível, isto é, está além da dimensão material. Platão afirma que a beleza que percebemos no mundo material participa de um Belo ideal: ‘Quando se der a ocorrência de belos traços da alma que correspondam e se harmonizem com um exterior impecável, por participarem do mesmo modelo fundamental, não constituirá isso o mais belo espetáculo para quem tiver olhos de ver?’ (PLATÃO, 1997, p. 22) A característica fundamental nessa determinação do belo é a proporção do quanto um objeto consegue imitar o ideal de beleza; então pode-se caracterizá-lo como belo. A contemplação dessa beleza ideal também deve elevar a alma deixando o cidadão livre de suas paixões e dos prazeres do mundo material, afinal ‘... o mais belo é também o mais amável... (Ibidem)’.”
Kaminski, Luciano Ezequiel. Pensar a Beleza. in: Filosofia / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. p. 271.

De acordo com o texto, marque (V) para verdadeiro e (F) para falso: 
(       )  Platão defende a existência do “belo em si”, de um ideal a ser seguido.
(       ) Os objetos só são belos quando correspondem a um ideal de beleza.
(       ) A beleza ideal é resultado da beleza existente no mundo material.
(       ) O mais belo espetáculo resulta da beleza da alma, somada à beleza exterior.
(       ) O indivíduo, ao contemplar a beleza, torna-se escravo das paixões.

5) “Um quadro semelhante também se apresenta quando abordamos outro texto clássico, que costuma ser utilizado para a reconstrução de uma estética de Tomás de Aquino. Na Summa theologiae, Aquino menciona, no âmbito da doutrina da trindade, três determinações para a beleza: primeiramente, ‘pureza’ [integritas] ou ‘perfeição’ [perfectio]; em seguida, as características da ‘devida proporção’ [debita proportio] ou ‘harmonia’ [consonantia], que remontam à obra de Dionísio Areopagita e entre as quais encontram-se também os conceitos de ‘uniformidade’ [commensuratio] e ‘concordância’ [convenientia]; por fim, claritas: ‘brilho’ ou ‘clareza’ (Summa theologiae I, q. 39, a. 8, c). Remontando ao quarto capítulo do De divinis nominibus, Aquino atribui a Deus como causa do belo a origem do brilho [claritas] e da harmonia [consonantia] que se manifestam juntos no conceito do belo [phulcrum] e do honorável [honestum]. Deus é chamado de belo na medida em que é causa da harmonia e do brilho de todos os entes. Nesse sentido, a beleza do corpo consiste de membros bem proporcionados e de uma cor brilhante, isto é, saudável, ao passo que a beleza do espírito implica um uso bem ordenado dos dons espirituais segundo a clareza espiritual da razão.”
Viso · Cadernos de estética aplicada n° 4: Revista eletrônica de estética. Rio de Janeiro: Portal de Periódicos/CAPES, 2008. Disponível em: <http://www.revistaviso.com.br/>. Acesso em: 2/8/2013.
De acordo com o texto e à luz de seus conhecimentos anteriormente adquiridos, marque (V) para verdadeiro e (F) para falso. Tomás de Aquino: 
(        ) indicava três elementos que seriam formadores do belo e que determinariam sua beleza.
(        ) afirmava que a causa da harmonia e do brilho de todos os seres é Deus que, por isso, é belo.
(        ) defendia a ideia de que a beleza do corpo independe da proporção entre seus membros, ou de sua saúde.
(        ) associava a beleza à pureza (a plenitude de um objeto, ao qual nada falta), à proporção e ao brilho (a clareza da figura).
(        ) relacionava a experiência criadora do artista, quando exprime o belo, à intuição humana da beleza maior que provém da divindade.

6) “Kant entendia que o juízo estético não é guiado pela razão e sim pela faculdade da imaginação. Julgamos belo aquilo que nos proporciona prazer, o que não é nada lógico ou racional, e, sim, algo subjetivo, já que se relaciona ao prazer ou desprazer individual. Para o Filósofo, ‘todos os juízos de gosto são juízos singulares’. No entanto Kant também diz que ‘belo é o que apraz universalmente sem conceito’. Isso significa que é impossível conceituar, definir racionalmente o belo, pois ‘quando se julgam objetos simplesmente segundo conceitos, toda a representação da beleza é perdida’. Mas, quando dizemos que algo é belo, pretendemos que este juízo esteja afirmando algo que realmente pertença a este objeto, ou seja, não dizemos ‘isto é belo para mim’, mas sim ‘isto é belo’, esperando que os demais concordem com esse julgamento. Portanto, esse julgamento, pretende ser voz universal, pois contém uma expectativa de que aquilo que julgamos belo seja, de fato, belo.”
COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 347.

Marque (V) para verdadeiro e (F) para falso. Para Kant: 
(        )  o objeto é belo mesmo que não agrade ao sujeito que o contempla, visto que a beleza é algo inerente ao objeto, ou seja, objetiva.
(        ) a beleza não pode ser justificada intelectualmente, uma vez que o juízo estético é conduzido pela faculdade da imaginação.
(        ) o julgamento estético pretende ser universal, visto que, quando o sujeito julga algo belo, o faz esperando que todos os demais assim também o julguem.
(        ) belo é o que agrada universalmente sem conceito, pois é impossível definir racionalmente o belo.
(        ) os juízos de gosto são particulares e não são lógicos, mas estéticos, ou seja, sensíveis e subjetivos.
7)  “[...] em Hegel, a beleza artística não diz respeito apenas à sensação de prazer que determinada obra possa proporcionar [...]“. 
COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 348.

De acordo com seus conhecimentos anteriormente adquiridos, podemos afirmar que: 
(        ) a beleza artística, segundo Hegel, é produzida pela pessoa que a contempla, pois todos os indivíduos possuem, por meio da razão, a capacidade que lhes permite distinguir se uma coisa é bela ou não.
(        ) segundo Hegel, o Belo é uma ideia ou modelo e não uma qualidade presente em certos objetos singulares que nos são dados à percepção, uma plenitude experimentada imediatamente pela percepção do ser percebido.
(        ) com relação à questão do Belo, para Hegel, há nas obras de arte certas qualidades que estão, por natureza, destinadas a produzir sentimentos como a beleza e a deformidade.
(        ) para Hegel, o entendimento do que é Belo despende de dois fatores que determinam certa visão de mundo e acabam por definir o que é Belo ou não: o momento histórico e o desenvolvimento cultural.
(        ) Hegel defendia a ideia de que a beleza artística era limitada ao prazer que a contemplação de determinada obra de arte causava ao sujeito, ou seja, a beleza de uma obra seria inteiramente subjetiva.

8) “Vamos tentar começar do começo, estabelecendo algumas distinções e respondendo a uma pergunta de cada vez. Em primeiro lugar, deixemos de lado essas divisões da arte e pensemos um pouco sobre arte como forma de o homem marcar sua presença, criando objetos (quadros, filmes, músicas, esculturas, vídeos, etc.) que oferecem uma interpretação do mundo tanto quanto uma frase. Só que em vez de dizer as coisas são assim, ele mostra, através da sua criação, que as coisas podem ser assim. Esta, então, é uma das primeiras características da arte: o objeto artístico fala à nossa imaginação, deixa ver/ouvir/sentir o que poderia ser. E, desse ponto de vista, não existe arte verdadeira e arte falsa. Não existe mentira em arte. Porque a arte não existe para mostrar a realidade como ela é, mas como pode ser. E as faces do poder ser são muitas. Daí, muitos tipos de arte.”
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1992. p. 188.

De acordo com o texto:
I. Os objetos, produzidos pela obra de arte, oferecem uma interpretação de mundo.
II. A arte pode expressar as coisas como são e como podem ser.
III. Como forma de marcar a presença humana, a arte deve ser dividida.
IV. Os tipos de arte, mesmo sendo diferentes, partem todos do princípio de que a arte não se limita a expor as coisas como são.

Estão corretas as alternativas:
a) I e II
b) I, II e IV
c) II e IV
d) II, III e IV
e) I, II e III

9) “Por meio desta expressão excluímos de imediato o belo natural. Tal delimitação de nosso objeto pode, sob certo aspecto, parecer uma determinação arbitrária, já que cada ciência está autorizada a demarcar como bem entende a extensão de seu campo. Mas não devemos tomar neste sentido a limitação da estética ao belo da arte. É certo que na vida cotidiana estamos acostumados a falar de belas cores, de um belo céu, de um belo rio, como também de belas flores, de belos animais e, ainda mais, de belos seres humanos, embora não queiramos aqui entrar na discussão acerca da possibilidade de se poder atribuir a tais objetos a qualidade da beleza e de colocar o belo natural ao lado do belo artístico. Mas pode-se desde já afirmar que o belo artístico está acima da natureza. Pois a beleza artística é a beleza nascida e renascida do espirito e, quanto mais o espírito e suas produções estão colocadas acima da natureza e seus fenômenos, tanto mais o belo artístico está acima da beleza da natureza. Sob o aspecto formal, mesmo uma má ideia, que porventura passe pela cabeça dos homens, é superior a qualquer produto natural, pois em tais ideias sempre estão presentes a espiritualidade e a liberdade.”
HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Cursos de Estética I. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001. p. 28.

De acordo com o texto, para Hegel:
I. o belo artístico é superior ao belo natural, pois deriva do espírito humano.
II. a beleza natural, assim como a beleza artística, é objeto de estudo da estética.
III. o belo artístico, resultante de uma má ideia humana, é inferior ao belo natural.
IV. nas ideias humanas, sendo elas boas ou más, a liberdade está sempre presente.
Estão corretas as alternativas:
a) I e IV
b) I, II e IV
c) II e IV
d) II, III e IV
e) I, II e III


10) A compreensão kantiana do belo ressalta suas diferenças em relação ao sublime: a noite é sublime, o dia é belo. O sublime comove, o belo encanta.
Acerca dessa distinção, enumere a segunda coluna de acordo com a primeira:
( A ) Belo

( B ) Sublime

(      ) Leve, alegre, jovial e estimulante.

(      ) Inspira respeito, admiração e comoção.

(      )Desperta sorrisos.

(      ) Inspira amor e intimidade.

(      ) Sério, magnífico, nobre, terrível, comovente.

(      ) Desperta a perplexidade.


1◦  ANO – SOCIOLOGIA

1) Acerca dos padrões de comportamento, é correto afirmar:
A) que são universais, ou seja, válidos para todas as sociedades.
B) Que são naturais, ou seja, conforme a natureza humana.
C) que diferem de sociedade para sociedade, de acordo com as convenções.
D) que são biológicos, portanto, universais.
E) que são históricos, variando conforme a época.

2) Segundo a Sociologia, a absorção das regras mais básicas que garante o sentimento de pertencimento ao grupo social é chamada de:
a) Educação infantil.
b) Socialização primária.
c) Educação primária.
d) Socialização educacional.
e) Educação socioinicial.

3) No processo de internalização de comportamentos, códigos, modos e convenções sociais, o primeiro protagonista é:
a) a vizinhança.
b) a escola.
c) o país.
d) a religião.
e) a família.

4)  Leia atentamente a notícia a seguir:

"Lei Seca flagra 59 e prende 7 na Região Metropolitana de João Pessoa
Cinquenta e nove motoristas paraibanos foram flagrados pela Operação Lei Seca e sete foram presos, durante o feriado do aniversário de fundação de João Pessoa. Agentes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) realizaram blitz diárias da sexta-feira (2), até a madrugada desta terça-feira (6).
A primeira fiscalização aconteceu na avenida Epitácio Pessoa, das 22h da sexta-feira até às 4h do sábado. Doze motoristas foram flagrados dirigindo sob efeito do álcool e dois foram presos. Ainda no sábado, a fiscalização aconteceu na Avenida Liberdade, em Bayeux, quando foram flagrados 32 motoristas embriagados e cinco foram presos."

As leis do trânsito podem ser consideradas fatos sociais porque obedecem a três princípios estabelecidos por Durkheim. Dois deles são objetividade e coercitividade. Assinale o terceiro princípio entre as alternativas elencadas a seguir:
a) Longevidade
b) Cientificidade
c) Veracidade
d) Aplicabilidade
e) Exterioridade

5) Leia o texto a seguir. Ele pertence a um conto escrito por Voltaire (1694-1778) intitulado O ingênuo. Nele, Voltaire retrata com muita ironia uma pequena cidade cuja sociedade local acolhe um homem, chamado Ingênuo, vindo de terras distantes, ainda livres da sede civilizatória ocidental. Após a leitura, assinale a alternativa correta:

"Logo que o senhor bispo partiu, o Ingênuo e a Srta. de St. Yves se encontraram sem dar tento de que se procuravam. Falaram-se, sem imaginar o que diriam. O Ingênuo disse-lhe primeiro que a amava de todo o coração, e que a bela Abacaba, por quem estivera louco na sua terra, não lhe chegava aos pés. Respondeu-lhe a senhorita, com o seu ordinário recato, que era preciso o quanto antes falar nisso ao senhor prior [chefe religioso/militar] seu tio e à senhorita sua tia, e que, da sua parte, ela iria dizer duas palavras ao seu caro irmão, o Padre de St.Yves, e que esperava um consentimento geral.
O Ingênuo respondeu-lhe que não tinha necessidade do consentimento de ninguém; que lhe parecia extremamente ridículo ir perguntar a outros o que deviam fazer; que, quando dois estão de acordo, não há necessidade de um terceiro para acomodá-los.
- Não consulto ninguém, alegou ele - quando tenho vontade de comer, de caçar ou de dormir. Bem que, em amor, é bom ter o consentimento da pessoa a quem se deseja; mas, como não é nem do meu tio nem da minha tia que estou enamorado, não é a eles que devo dirigir esse assunto [...]”
VOLTAIRE (François Marie Arouet). Contos. São Paulo: Abril Cultural, 1972. p. 315.

I) O trecho mostra a correspondência perfeita entre a cultura e valores da jovem e do Ingênuo.
II) O trecho reflete as diferenças na educação entre culturas diferentes, comumente causando estranheza a  uma cultura os hábitos da outra.
III) O Ingênuo estranha os costumes da moça, costumes estes interiorizados por um longo processo de educação e que já existiam antes mesmo da Srta. de St. Yves nascer.
IV) Além de diferentes, podemos concluir facilmente que os costumes da Srta. de St. Yves são superiores ao do Ingênuo, cujos valores e hábitos são selvagens.
a) As alternativas I e II estão corretas.
b) as alternativas I e III estão corretas.
c) As alternativas II e III estão corretas.
d) As alternativas II e IV estão corretas.
e) As alternativas III e IV estão corretas.

6) Leia o texto a seguir e assinale as alternativas corretas:

“A pressão que recai sobre a criança desde tenra idade constrói-se também na recorrência de notícias sobre os altos índices de desemprego no País, vinculadas diariamente pela tevê e por outras mídias. As crianças são questionadas, desde cedo, sobre o que serão quando crescerem, e na própria escola, desde as séries iniciais, os alunos são preparados para o ingresso no vestibular, sob a pressão constante e vigilante dos pais.”
NETO, Honor de Almeida. Trabalho infantil na terceira revolução industrial. Disponível em:
a) A educação, na visão de Durkheim, limita-se à preparação formal para os processos seletivos.
b) A educação, segundo Durkheim, é um processo contínuo que produz nos indivíduos valores e comportamentos compatíveis com a sociedade em que vivem.
c) Segundo Durkheim, a pressão de todos os instantes que sofre a criança é a própria pressão do meio social tentando moldá-la à sua imagem.
d) A pressão a que se refere o texto tem nos pais e professores os representantes intermediários de uma formação social exigida por nossa sociedade.
e) A escola é responsável apenas pela socialização primária, ficando a educação formal nas mãos da família da criança.

7) Leia o trecho da notícia a seguir e assinale a alternativa correta: 
"Brasil segue passos de Argentina e Uruguai ao legalizar casamento gay
Medida do CNJ legaliza, na prática, o casamento gay. Ao contrário dos vizinhos, porém, iniciativa brasileira não partiu do Congresso

O Brasil se transformou nesta terça-feira no terceiro país latino-americano onde, na prática, é possível o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas, ao contrário dos outros dois - Argentina e Uruguai -, a iniciativa partiu da Justiça, e não do Parlamento.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta terça-feira uma resolução que, na prática, legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o território brasileiro, mas que ainda pode ser recorrida no Supremo Tribunal Federal (STF). 'Na prática, representa legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo', disseram à Efe fontes do STF.
A partir da publicação dessa decisão do CNJ, adotada por 14 votos contra 1, os cartórios civis do País estarão 'obrigados' a transformar a união estável entre duas pessoas do mesmo sexo, legal desde 2011 no País, em um casamento se assim solicitado, e não poderão se negar a casar homossexuais."

I) A notícia nos alerta para o fato de que o entendimento do que é família varia de acordo com a época e lugar.
II) As organizações das relações de laços de parentesco seguem inalteradas desde os mais remotos tempos, apesar das novas configurações familiares.
III) O papel da família no processo de socialização é variável, pois sua configuração e atuação dependem de condições históricas, geográficas, econômicas e culturais.
IV) O tipo de família descrito acima poderia ser considerado universalmente incorreto. Somente o modelo de família tradicional é capaz de atuar corretamente na socialização primária.
a) Somente a alternativa I está correta.
b) As alternativas I e III estão corretas.
c) Somente a alternativa II está correta.
d) As alternativas II e III estão corretas.
e) As alternativas III e IV estão corretas.

8) Leia o trecho da notícia a seguir e assinale as alternativas corretas:

"Nova lei sancionada no dia 4 de abril garante ingresso das crianças mais cedo na Educação Infantil
Educação Infantil aos quatro anos será obrigatória.

Houve um tempo em que os estudantes passavam menos tempo na escola. Eram apenas 180 dias letivos e as crianças não entravam tão cedo na educação formal.
Hoje, o ano letivo tem 200 dias e a criança deve, obrigatoriamente, entrar na escola com 4 anos de idade. É o que diz a Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013, sancionada pela presidenta da República, Dilma Rousseff.  A nova lei ajusta a anterior, a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).
Segundo o Ministério da Educação (MEC), a nova lei só passará a ser obrigatória a partir de 2016. Como a matrícula dos filhos é de responsabilidade dos pais, caso eles não matriculem os filhos na idade certa, podem sofrer punições, de acordo com o artigo 249 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
a) Com a entrada da criança cada vez mais cedo na escola, o processo de socialização acaba sendo compartilhado entre família e escola.
b) A criança nos dias de hoje, como podemos ver na notícia, fica cada vez mais cedo limitada apenas ao universo familiar.
c) A entrada precoce amplia a permanência do jovem na escola, transformando-a em uma das instituições sociais mais fundamentais de nossa sociedade.
d) A responsabilidade da socialização deveria ser restrita à família, pois somente ela detém os valores corretos que devem ser transmitidos às crianças.
e) A escola não pode compartilhar a socialização com a família, pois não dispõe dos mecanismos de punição e premiação para o controle social.

9) O texto a seguir ironiza o costume de as pessoas irem ao dentista. O autor concebeu o texto como se este fosse escrito por um antropólogo que nada entende de nossa cultura, hábitos e linguagem, mas, mesmo assim, tenta analisá-los e explicá-los. Os naciremas, no caso, somos nós mesmos. Leia o trecho a assinale V para verdadeiro e F para falso:

“O ritual do corpo executado diariamente por cada Nacirema inclui um rito bucal. Apesar de serem tão escrupulosos no cuidado bucal, este rito envolve uma prática que choca o estrangeiro não iniciado, que só pode considerá-lo revoltante. Foi-me relatado que o ritual consiste na inserção de um pequeno feixe de cerdas de porco na boca juntamente com certos pós mágicos, e em movimentá-lo então numa série de gestos altamente formalizados. Além do ritual bucal privado, as pessoas procuram o mencionado sacerdote-da-boca uma ou duas vezes ao ano. Estes profissionais têm uma impressionante coleção de instrumentos, consistindo de brocas, furadores, sondas e aguilhões. O uso destes objetos no exorcismo dos demônios bucais envolve, para o cliente, uma tortura ritual quase inacreditável. O sacerdote-da-boca abre a boca do cliente e, usando os instrumentos acima citados, alarga todas as cavidades que a degeneração possa ter produzido nos dentes.
Nestas cavidades são colocadas substâncias mágicas. Caso não existam cavidades naturais nos dentes, grandes seções de um ou mais dentes são extirpadas para que a substância natural possa ser aplicada. Do ponto de vista do cliente, o propósito destas aplicações é tolher a degeneração e atrair amigos. O caráter extremamente sagrado e tradicional do rito evidencia-se pelo fato de os nativos voltarem ao sacerdote-da-boca ano após ano, não obstante o fato de seus dentes continuarem a degenerar.”
MINER, Horace. Ritos corporais entre os naciremas. Disponível em:
19/8/2013.
(         ) Mesmo aquelas práticas que nos pareçam absolutamente banais, podem ser consideradas estranhas quando analisadas sob a ótica de outra cultura.
(         ) Os valores, hábitos e costumes são universais, independente da sociedade analisada e de seu período histórico.
(     ) Não há diferenças substanciais entre rituais formais ou informais entre uma sociedade e outra, independente de sua localização geográfica.
(         ) A prática de ir ao dentista, descrita no texto como um ritual bizarro, pode ser considerada um fato social, por seu caráter coercitivo, exterior e objetivo.
(         ) Ainda que esquisitos aos olhos de outra cultura, os valores, hábitos e costumes de um povo são fundamentais, pois propiciam a homogeneidade necessária para que a sociedade perdure.

10) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa correta: 
[...] os alunos não são indivíduos abstratos que competem em condições relativamente igualitárias na escola, mas atores socialmente constituídos que trazem, em larga medida incorporada, uma bagagem social e cultural diferenciada e mais ou menos rentável no mercado escolar. O grau variado de sucesso alcançado pelos alunos ao longo de seus percursos escolares não poderia ser explicado por seus dons pessoais – relacionados à sua constituição biológica ou psicológica particular -, mas por sua origem social, que os colocaria em condições mais ou menos favoráveis diante das exigências escolares. [...]
[...] Bourdieu questiona frontalmente a neutralidade da escola e do conhecimento escolar, argumentando que o que essa instituição representa e cobra dos alunos são, basicamente, os gostos, as crenças, as posturas e os valores dos grupos dominantes, dissimuladamente apresentados como cultura universal. NOGUEIRA, C. M. M. N.; NOGUEIRA, M. A. A sociologia da educação de Pierre Bourdieu: limites e contribuições. Educ. Soc. v. 23 n. 78, Campinas, abr. 2002, p. 3. Disponível em:

I) Levando em consideração o modelo de educação que temos hoje, a bagagem cultural e social fornecida pela socialização primária é determinante para o sucesso escolar da criança.
II) Segundo o texto, a escola coloca-se numa condição de neutralidade, pois está alheia aos valores dos grupos dominantes.
III) Segundo o texto, os alunos competem em condições de igualdade na escola, independente de sua bagagem cultural e social.
IV) Podemos concluir que a escola e a educação em si criam nas crianças sentimentos, ideias e hábitos necessários para a continuidade de uma determinada forma de sociedade.
a) As alternativas I e II estão corretas.
b) As alternativas I e IV estão corretas.
c) As alternativas II e III estão corretas.
d) As alternativas III e IV estão corretas.
e) Somente a alternativa IV está correta.

2◦ ANO – FILOSOFIA

1)  “Parte-se do conceito de direito natural: por natureza, todo indivíduo tem direito à vida, ao que é necessário à sobrevivência de seu corpo, e à liberdade. Por natureza, todos são livres, ainda que, por natureza, uns sejam mais fortes e outros mais fracos. Um contrato ou um pacto, dizia a teoria jurídica romana, só tem validade se as partes contratantes forem livres e iguais e se voluntária e livremente derem seu consentimento ao que está sendo pactuado. A teoria do direito natural garante essas duas condições para validar o contrato social ou o pacto político. Se as partes contratantes possuem os mesmos direitos naturais e são livres, possuem o direito e o poder para transferir a liberdade a um terceiro; e se consentem voluntária e livremente nisso, então dão ao soberano algo que possuem, legitimando o poder da soberania. Assim, por direito natural, os indivíduos formam a vontade livre da sociedade, voluntariamente fazem um pacto ou contrato e transferem ao soberano o poder para dirigi-los.”
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. p. 518.  

Analise as afirmativas abaixo:
I. De acordo com o direito natural, todos os indivíduos têm direito à vida e à liberdade.
II. O pacto ou contrato que transfere ao soberano o poder de dirigir os indivíduos só é legitimado pelo direito natural.
III. Até mesmo quando executado sob coação, um contrato ou pacto pode ser validado pelo direito natural.
IV. Se as partes que fazem parte do contrato possuem o mesmo direito natural, podem transferir o poder e a liberdade a um terceiro.  

Estão corretas as afirmativas:
A) I e II
B) I, II e IV
C) II e IV
D) II, III e IV
E) I, II e III

2) “Para conseguir segurança, o homem tenta substituir o status naturae (estado de natureza) por um status civilis (estado civil), mediante um convênio em que cada um transfere seu direito para o Estado. [...] Pois bem: o Estado assim constituído é absoluto; seu poder, o mesmo que o indivíduo tinha antes, é irrestrito; o poder não tem outro limite senão a potência. Quando os homens se despojam de seu poder, o Estado o assume integralmente, manda sem limitação [...] O Estado de Hobbes decide tudo; não só a política, mas também a moral e a religião.”
MARÍAS, Julián. História da Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 274.
De acordo com Hobbes:
I. o Estado civil foi instituído a fim de garantir aos homens que tivessem segurança.
II. o Estado pode e deve ser limitado pelo poder que os indivíduos continuam mantendo após sua criação.
III. mediante um acordo em que cada indivíduo transfere seu direito ao Estado, o homem tenta substituir o estado de natureza pelo civil.
IV. o Estado intervém somente na política, estando proibido de decidir acerca de questões de cunho moral e religioso.

Estão corretas as afirmativas:
A) I e II
B) I, II e IV
C) II e IV
D) I, III e IV
E) I, II e III

3)  “Ainda no século XVIII, em pleno período de valorização da legitimidade da representação, Rousseau defende a democracia direta. Para ele, com o contrato social, cada indivíduo aliena incondicionalmente seu poder em favor da coletividade, mas a vontade geral não pode ser alienada nem representada. Isto significa que para Rousseau os deputados e governantes não são representantes do povo, mas apenas seus oficiais, estando subordinados à soberania popular, a única que decide por meio de assembleias, plebiscitos e referendos. A vontade geral é um conceito fundamental para compreender a democracia rousseauniana. Todo indivíduo é ao mesmo tempo uma pessoa privada e uma pessoa pública (cidadão): enquanto pessoa privada trata de seus interesses particulares, e enquanto pessoa pública é parte de um corpo coletivo que tem interesses comuns. Nem sempre o interesse de um coincide com o de outro, pois muitas vezes o que beneficia a pessoa particular pode ser prejudicial ao coletivo. Aprender a ser cidadão é justamente saber qual é a vontade geral, típica do interesse de todos enquanto componentes do corpo coletivo, mesmo que à revelia dos seus próprios interesses enquanto pessoa particular.”
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1992. p. 146.

De acordo com o texto e com seus conhecimentos anteriormente adquiridos, analise as alternativas abaixo:

I. A vontade geral corresponderia ao interesse comum dos homens, colocado acima dos diversos interesses particulares.
II. Rousseau defendia a democracia direta. Para ele, a vontade geral não poderia ser alienada nem representada.
III. O governante deveria ser um funcionário e não o senhor do povo, estando subordinado à soberania popular.
IV. Para Rousseau, a autoridade das vontades particulares deveria prevalecer acima dos interesses da coletividade.

Estão corretas as alternativas:
A) I e II|
B) I, II e IV
C) II e IV
D) I, III e IV
E) I, II e III

4) Vários filósofos falaram sobre o conceito de "estado de natureza". Porém, esse conceito assumiu diferentes sentidos ao longo da história da filosofia. De acordo com seus conhecimentos anteriormente adquiridos, marque (V) para verdadeiro e (F) para falso: 
(      ) A origem do conceito de "estado de natureza" remonta à Antiguidade, período em que já se encontravam referências à condição pré-política da humanidade.
(      ) Sêneca descreveu o "estado de natureza" como um período em que os seres humanos eram felizes, inocentes e simples, vivendo sem precisar de governos e leis.
(      ) Foi somente no período conhecido como Iluminismo francês, na passagem do século XVIII para o XIX, que os filósofos conceberam a existência de um "estado de natureza" anterior à formação do Estado civil.
(      ) O "estado de natureza" corresponde à condição humana anterior à constituição da sociedade e do Estado, precedendo a criação das leis e do governo.

5) O filósofo Thomas Hobbes (século XVII), em sua obra, elaborou uma determinada concepção das condições de vida do homem durante o "estado de natureza". Acerca disso, podemos afirmar que:
A) Hobbes definiu o homem, por natureza, como “lobo do próprio homem” e descreveu o "estado de natureza" como uma “guerra de todos contra todos”.
B) o "estado de natureza", de acordo com Hobbes, era baseado em leis, regras e punições capazes de garantir a autopreservação do indivíduo e a posse de suas propriedades.
C) os indivíduos, no "estado de natureza", permaneceriam unidos, ligados por interesses comuns, vivendo em perfeita harmonia com a natureza e com seus semelhantes.
D) segundo Hobbes, os homens, durante o "estado de natureza", não possuiriam propriedades, vivendo solitários, dispersos, e mantendo o mínimo de contato entre eles.
E) o medo da morte violenta, que até hoje assola a existência humana, não existia durante o "estado de natureza", sendo a violência e o medo resultados da criação da sociedade civil.

6) No século XVII, o pensador inglês John Locke teve grande influência na Filosofia Política. Em sua obra, o filósofo partiu do "estado de natureza" e do contrato social para construir suas teorias. Segundo ele: 
A) uma vez que os homens viviam em "estado de natureza", em uma guerra constante, essa situação teria gerado conflitos de interesses, levando o homem à criação do Estado civil.
B) o "estado de natureza" correspondia a uma situação de liberdade e igualdade em que cada qual era juiz em causa própria e buscava o seu próprio bem.
C) a propriedade deveria ser entendia como fruto das leis do soberano, legitimada por elas, sendo, portanto, um dos resultados do direito civil e não existindo durante o "estado de natureza".
D) os indivíduos estabeleceram o contrato social como transferência de seus direitos individuais ao soberano e não como defesa do direito natural.
E) a liberdade é uma criação do direito civil, uma vez que, durante o "estado de natureza", os homens, por estarem sujeitos à vontade dos demais, não poderiam gozá-la.

7) “Pode-se distinguir os homens dos animais pela consciência, pela religião ou por tudo que se queira. Mas eles próprios começam a se diferenciar dos animais tão logo começam a produzir seus meios de vida, passo este que é condicionado por sua organização corporal. Produzindo seus meios de vida, os homens produzem, indiretamente, sua própria vida material. O modo pelo qual os homens produzem seus meios de vida depende, antes de tudo, da natureza dos meios de vida já encontrados e que têm de reproduzir. Não se deve considerar tal modo de produção de um único ponto de vista, a saber: a reprodução da existência física dos indivíduos. Trata-se, muito mais, de uma determinada forma de atividade dos indivíduos, determinada forma de manifestar sua vida, determinado modo de vida dos mesmos. Tal como os indivíduos manifestam sua vida, assim são eles. O que eles são coincide, portanto, com sua produção, tanto com o que produzem como com o modo como produzem. O que os indivíduos são, portanto, depende das condições materiais de sua produção.”
MARX, Karl. Ideologia alemã. São Paulo, Hucitec, 1984, p. 27-28.

De acordo com o texto:
 I. os homens distinguem-se dos animais porque são capazes de produzir as condições de sua existência material.
II. os seres humanos são produtores: são o que produzem e são como produzem.
III. a maneira pela qual os homens produzem seus meios de vida está sujeita à natureza dos meios de vida já encontrados.
IV. os animais, diferentemente dos seres humanos, são determinados pelas condições em que produzem suas vidas.

Estão corretas as alternativas:
A)    I e II
B)    I, II e IV
C)    II e IV
D)    I, III e IV
E)    I, II e III

8) “Segundo Marx, ao examinarmos a maneira pela qual os homens produzem os bens necessários à vida, é possível compreender as formas do seu pensamento, tais como o direito, a moral, a literatura, a filosofia, a ciência, a religião e assim por diante. Por exemplo, a exaltação da coragem tem sentido na moral medieval, pois ela reflete os valores da sociedade centrada nos interesses da nobreza guerreira, proprietária dos feudos. Chamamos a essa forma de compreensão da realidade de materialismo. A teoria marxista é materialista porque, ao explicar as manifestações espirituais humanas, as considera derivadas da estrutura material da sociedade (ou seja, da estrutura econômica), diferentemente dos idealistas para quem ‘as ideias movem o mundo’. Mas o materialismo marxista é dialético, pois o mundo é concebido como processo, e o real é contraditório e dinâmico. Nesse sentido, a consciência do homem, mesmo sendo determinada pela matéria e estando historicamente situada, não é pura passividade: a consciência determinada pode reagir sobre as causas que atuam sobre ela. Portanto, o marxismo não consiste apenas em uma análise teórica, mas também se configura como uma prática política revolucionária que pretende destruir o capitalismo e instaurar a nova ordem socialista.”
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1992. p.164.

Marque (V) para verdadeiro e (F) para falso: 
(       ) A tese exposta no texto acima fez com que o marxismo ficasse conhecido também como materialismo histórico e dialético.
(       ) Para Marx não são as ideias humanas que movem a História, mas são as condições derivadas da estrutura material que produzem as ideias.
(       ) De acordo com o materialismo o homem é o que as condições materiais (as relações sociais de produção) o determinam a ser e a pensar.
(      ) A consciência do homem, por ser determinada pela matéria, não pode reagir sobre as causas que atuam sobre ela.
(     ) Por afirmar que o mundo é concebido a partir de um processo e movido por contradições, o materialismo histórico é dialético.

9) “A força geral pode ser colocada nas mãos de apenas um ou nas mãos de muitos. Alguns pensaram que, tendo a Natureza estabelecido o poder paterno, o governo de um só estaria mais de acordo com a Natureza. Porém, o exemplo do poder paterno nada prova, pois, se o poder do pai está relacionado com o governo de um só, depois da morte do pai, o poder dos irmãos ou, depois da morte dos irmãos, o dos primos coirmãos está relacionado com o governo de muitos. O poder político implica, necessariamente, a união de muitas famílias. É melhor dizer que o governo mais de acordo com a Natureza é aquele cuja disposição particular melhor se relaciona com as disposições do povo para o qual foi estabelecido. [...] A lei, em geral, é a razão humana, na medida em que governa todos os povos da terra, e as leis políticas e civis de cada nação devem ser apenas os casos particulares em que se aplica essa razão humana. Devem ser elas tão adequadas ao povo para o qual foram feitas que, somente por um grande acaso, as leis de uma nação podem convir a outra. [...] Devem as leis ser relativas ao físico do país, ao clima frio, quente ou temperado; à qualidade do solo, à sua situação, ao seu tamanho; ao gênero de vida dos povos, agricultores, caçadores ou pastores; devem relacionar-se com o grau de liberdade que a constituição pode permitir; com a religião dos habitantes, suas inclinações, riquezas, número, comércio, costumes, maneiras. Possuem elas, enfim, relações entre si e com sua origem, com os desígnios do legislador e com a ordem das coisas sobre as quais são elas estabelecidas. É preciso considerá-las em todos esses aspectos.”
MONTESQUIEU. Do espírito das leis. São Paulo: Nova Cultural, 2005, p. 39-42.

Segundo Montesquieu:
I. as leis devem ser constituídas com base nas características particulares da nação que irá utilizá-las.
II. o tipo de governo ideal, mais de acordo com a natureza, é a monarquia, ou “governo de um só”.
III. os aspectos físicos e climáticos de um país devem ser considerados ao se instituírem as suas leis.
IV. o sistema de governo deve contemplar as características singulares da nação que o estabeleceu.

Estão corretas as alternativas:
A)    I e II
B)    I, II e IV
C)    II e IV
D)    I, III e IV
E)    I, II e III

10)  “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém!'." 
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo: Nova Cultura Ltda.,1999. p. 87.

Segundo Rousseau:
I. O surgimento da sociedade civil resgatou a humanidade que, antes de seu advento, vivia na ignorância e no isolamento.
II. O estabelecimento da propriedade privada foi um dos elementos responsáveis pelas diferenças sociais.
III. A desigualdade social, estabelecida por direito, está intimamente relacionada ao surgimento da sociedade civil.
IV. O aparecimento da propriedade e da sociedade civil acarretou para o ser humano inúmeros benefícios.

Estão corretas as alternativas:
A)    I e III.
B)     II e III.
C)     I, III e IV.
D)     II e IV.
E)     I, II e III.

2◦ ANO – SOCIOLOGIA

1)     Com relação às diferenças de sexo, assinale a alternativa correta.
A)    São dadas socialmente, por meio da socialização.
B)     Referem-se à forma como somos vistos pelo outros.
C)     Dizem respeito às diferenças anatômicas herdadas biologicamente.
D)     Referem-se à convivência familiar.
E)     Pertencem à esfera religiosa.

2)     Acerca do conceito de gênero, é correto afirmar:
A)    É definido por valores, crenças e costumes da sociedade.
B)    Define-se pelas diferenças genéticas.
C)     É o mesmo, independente da sociedade em que se vive.
D)     É definido naturalmente desde a concepção.
E)     Ocorre apenas no caso de haver igualdade natural entre os sexos.

3)     Leia com atenção o trecho da notícia a seguir:

"GRANDES OBRAS DIZEM NÃO À CONTRATAÇÃO DE MULHERES EM PORTO VELHO
De acordo com a justiça trabalhista, a grávida com vínculo empregatício com uma empresa terá direito à licença-maternidade de 120 dias (a partir do 8º mês de gestação), sem prejuízo do emprego e do salário, que será integral. Caso receba salário variável, receberá a média dos últimos seis meses entre outros benefícios previstos em lei.
Segundo a chefe de divisão ao atendimento ao trabalhador do Sine municipal, Enerli Pinheiro, nos últimos meses poucas vagas foram disponibilizadas às mulheres devido a este problema. 'Por essa situação temos mulheres qualificadas para algumas áreas, mas não encontramos a oferta de vagas para elas', relata a chefe de divisão."
Disponível em: <http://www.imagemnews.com.br/noticias.asp?cd=21043>. Acesso em: 11/7/2013.
A qual problemática a notícia se refere? 
A)    Ao problema da exploração da mão de obra feminina.
B)     Ao problema da segregação racial no mercado de trabalho.
C)     Ao excesso de postos de trabalho para mulheres.
D)     À inexistência de mão de obra qualificada entre as mulheres.
E)     À desigualdade de gênero no mercado de trabalho.

4)     Leia atentamente o trecho da notícia a seguir e assinale V para verdadeiro e F para falso:"
"Cresce a participação da mulher no mercado de trabalho, aponta governo
Registros de emprego com carteira assinada cresceu 5,93% em um ano. Salário das mulheres cresceu 4,94%, enquanto o dos homens subiu 4,74%.
O Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) também informa crescimento do salário médio real das mulheres.
O cadastro mede o nível de emprego formal no país e em 2012 os dados informados pelas empresas demonstram que o salário médio real de admissão das mulheres alcançou R$ 917,87, contra 1.067,66 dos homens. Em 2011 esses valores eram R$ 874,63 e R$ 1.019,34.
Ou seja, enquanto no feminino o crescimento foi de 4,94%, o salário dos homens cresceu 4,74%. Com isso, a relação dos salários entre homens e mulheres passou para 85,97%.
No comportamento por grau de instrução, o maior aumento da participação da mulher foi verificado nas vagas de nível superior, que cresceu 1,32%. No mesmo período esse percentual masculino foi negativo em 0,13%. Para as vagas de nível superior incompleto, a relação foi de 1,94% positivo para as mulheres contra 0,14 negativo para os homens.
'Esses números comprovam que a mulher se prepara mais para o mercado de trabalho e vem ocupando mais espaço e melhorando seu salário, diminuindo gradativamente uma diferença histórica. E isso é muito bom!', afirmou, em comunicado, o ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto."
Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/03/cresce-participacao-da-mulher-no-mercado-de-trabalho-aponta-governo.html>. Acesso em: 11/7/2013.
A)     A notícia alude ao problema dos estereótipos étnicos no mercado de trabalho, onde a mulher ainda é vista como inferior.
B)     Há uma nítida desigualdade entre gêneros no mercado de trabalho no Brasil, apesar da diminuição das diferenças.
C)     Segundo a notícia, o salário das mulheres e dos homens no Brasil subiu em 2012 em comparação com o ano de 2011.
D)    Houve um aumento da participação dos homens nas vagas de nível superior, enquanto a participação feminina teve leve queda.
E)     Na média, o salário dos homens é o mesmo que o das mulheres no Brasil.

5)     Leia o texto a seguir e assinale as alternativas corretas:
"A família moderna reproduz a desigualdade social existente no que se refere às expectativas geradas sobre o comportamento de homens e mulheres. Sendo assim, esperam-se das mulheres delicadeza, sensibilidade, passividade, subordinação e obediência. E, devido a sua condição biológica de engravidar e amamentar, a sociedade também delegou à mulher o cuidado com o marido, o lar e os filhos sendo, inclusive, responsabilizada por qualquer coisa de errado que acontece.
Vários estudos confirmam esta percepção, atribuindo à mulher-mãe a responsabilidade, não só pela educação, alimentação, mas também pela violência sofrida pelos filhos. Por sua vez, os homens estão relacionados ao espaço público, a papéis como provedor e chefe da casa, à virilidade, coragem e agressividade.
Entretanto, é de fundamental importância compreender que a construção da violência no âmbito doméstico não tem relação com as diferenças biológicas entre homens e mulheres. Esses papéis sociais são, na realidade, reforçados por culturas patriarcais reproduzidas na família."
GOMES, Nadielene Pereira; DINIZ, Normélia Maria Freire; ARAÚJO, Anne Jacob de Souza; COELHO, Tâmara Maria de Freitas. Compreendendo a violência doméstica a partir das categorias gênero e geração.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ape/v20n4/19>. Acesso em: 1/7/2013.
A)     As definições de masculino e feminino estão dispostas em formas de hierarquia que tendem, em geral, a desprivilegiar as mulheres.
B)     A violência contra a mulher está vinculada às diferenças biológicas entre homens e mulheres, sendo, portanto, natural.
C)    A família moderna reproduz expectativas históricas quanto ao comportamento de homens e mulheres.
D)    Em todas as culturas, sem exceção, é atribuído à mulher características ligadas à delicadeza, passividade e subordinação, o que confirma o aspecto natural dessas características do gênero feminino.
E)     Historicamente, coube à mulher o papel de provedora da família, enquanto ao homem coube o papel de criação e educação dos filhos.

6)     O texto a seguir retrata a condição da mulher no século XVIII na Europa. Leia-o atentamente. Depois, analise as alternativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
"A expressão 'vida privada no feminino' pode parecer paradoxal, a tal ponto a mulher dessas sociedades se vê confinada ao lar. Com certeza e de modo geral, ela é excluída dos papéis públicos e das responsabilidades exteriores (políticas, administrativas, municipais, corporativas). [...]
Pois sua ocupação é prioritariamente doméstica; o cenário: a casa; sua vocação: encarnar a imagem de esposa e mãe, arraigada pela Igreja e pela sociedade civil. A exigência de honra – feita de aparência, fidelidade aos seus, e boa reputação – resume-o muito bem; portanto uma dedicação constante a todos que vivem sob seu teto a destina a servir, ou seja, a cuidar: alimentar, criar, atender na doença, assistir na morte – essa é a ocupação das mulheres, que a ela se devotam gratuitamente [...]".
CASTAN, Nicole. O público e o particular. In: História da vida privada 3: da Renascença ao Século das Luzes. ARIÈS, Philippe; CHARTIER, Roger (org.). São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 417.
(     ) Por ter características anatômicas distintas do homem, é justificável que a mulher seja excluída da vida pública e dos trabalhos que exijam força.
(     ) No período do Iluminismo, as mulheres passaram a ser reconhecidas pelos homens em geral como capazes de criar, abstrair e generalizar, pondo fim à ideia de que eram incapazes de pensar.
(     ) Atualmente, muitas mulheres não consideram mais o papel de mãe como destino absolutamente necessário às suas vidas.
(     ) Segundo o texto, as mulheres estavam confinadas ao âmbito privado, pois seu lugar era o lar, e não o espaço público.
(     ) O confinamento evidenciado pelo texto se faz necessário em função da fragilidade física da mulher e da necessidade natural da criança de ter sua mãe sempre por perto, para crescer saudável.

7)     Leia o trecho da notícia a seguir e assinale a alternativa correta:
"Violência contra mulheres causa epidemia global de saúde, diz OMS
Mais de 1/3 das mulheres do mundo é vítima de violência física ou sexual. Dados foram divulgados pela Organização Mundial da Saúde.
Mais de um terço de todas as mulheres do mundo é vítima de violência física ou sexual, o que representa um problema de saúde global com proporções epidêmicas, aponta um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta quinta-feira (20).
A grande maioria das mulheres sofre agressões e abusos de seus maridos ou namorados, além de ter problemas de saúde comuns que incluem ossos quebrados, contusões, complicações na gravidez, depressão e outras doenças mentais, diz o relatório.
O relatório constatou que a violência contra as mulheres é uma das causas para uma variedade de problemas de saúde agudos e crônicos, que vão desde lesões imediatas, infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, à depressão e transtornos de saúde mental."
Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/06/violencia-contra-mulheres-causa-epidemia-global-de-saude-diz-oms.html >. Acesso em: 11/7/2013.

I) O motivo das agressões, em sua grande maioria, é devido às diferenças biológicas entre homens e mulheres, sendo, dessa forma, naturalmente explicado.
II) O relatório evidencia que os avanços das últimas décadas, dando direito ao voto e cidadania à mulher, fez com que a violência contra as mulheres fosse algo cada vez mais raro.
III) No Brasil, há algumas décadas, era comum não haver condenação para o assassinato de mulheres nos casos de adultério.  
IV) A Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, obriga os homens que agridem as mulheres a prestar serviço comunitário ou a pagarem cestas básicas como forma de punição. 
A)    As alternativas I e II estão corretas.
B)    Somente a alternativa II está correta.
C)    Somente a alternativa III está correta.
D)    As alternativas III e IV estão corretas.
E)    Somente a alternativa IV está correta.

8)     Leia o texto a seguir que faz um retrato da condição das mulheres na Índia nos dias de hoje e assinale as alternativas corretas:
"A inferioridade das mulheres se manifesta desde a concepção da criança, pela seleção no nascimento que privilegia os homens. Estes últimos perpetuam o nome e o patrimônio familiar, enquanto a presença de meninas é considerada inútil, mesmo prejudicial: casá-las implica oferecer um dote que endivida as famílias durante anos. Essa preferência se expressa nos milhões de abortos seletivos que, mesmo proibidos por uma lei de 1994, deixam a população desequilibrada: a Índia conta com 940 mulheres para cada mil homens.
Essa dominação masculina tradicional explica também a alta taxa de violência doméstica. Mais de 37% das indianas casadas são submetidas a violências sexuais e físicas entre as quais de 7 mil a 8 mil por ano sofrem algum crime ligado ao dote, cometido por maridos que querem extorquir mais dinheiro da família da esposa."
MANIER, Bénédicte. A nova Índia se inquieta. Le Monde Diplomatique Brasil, fevereiro de 2013. 
A)     A violência contra as mulheres é um forte indicador da desigualdade de gêneros em uma das instâncias da vida social.
B)     Podemos concluir após a leitura do texto que, independente da sociedade e do período histórico, as diferenças de gênero são iguais em qualquer lugar do mundo.
C)    As diferenças biológicas entre homens e mulheres definem necessariamente atributos sociais, o que naturaliza a forma como a mulher é tratada na Índia.
D)    Há na Índia uma preferência de que o bebê seja do sexo feminino para perpetuação do nome da família.
E)     Podemos concluir pelo texto que as mulheres na Índia de hoje, assim como as mulheres no século XVII e XVIII na Europa, assumem um papel de inferioridade na sociedade.

9)     Leia atentamente o texto a seguir e assinale a alternativa correta:
Na infância, ocorrem os primeiros contatos com os pais, carinhos, brincadeiras, convívio com colegas, sensações de prazer e desprazer, nascendo, assim, a curiosidade sexual, que pode gerar dúvidas e conflitos. Nessa etapa, a escola é um dos principais elementos para contatos interpessoais. Os colegas permitem o conhecimento mínimo, surgindo as fantasias sexuais, imagens eróticas de relação sexual, resultando na masturbação ou autoerotismo, com manipulação dos órgãos sexuais. A repressão à masturbação dá início à restrição da sexualidade. Para o desenvolvimento do papel sexual ou de gênero, o adolescente precisa de pessoas complementares, que desempenham outros papéis, e este contato provoca a necessidade de formar vínculos afetivos, que vão determinar suas novas experiências. Nessa fase, a troca afetiva pode ou não ser valorizada e, dependendo das vivências, essa troca pode determinar dificuldades na formação de vínculos afetivos mais profundos.
COSTA, Maria Conceição O.; LOPES, Clevane Pessoa A.; SOUZA, Ronald Pagnoncelli; PATEL, Balmukun Niljay. Sexualidade na adolescência: desenvolvimento, vivência e propostas de intervenção. Sociedade Brasileira de Pediatria, Jornal da Pediatria, 2001. Disponível em: <http://www.jped.com.br/conteudo/01-77-S217/port.pdf>. Acesso em: 11/7/2013. 
A)     Segundo o texto, podemos concluir que a curiosidade sexual é algo que surge apenas na adolescência. Na infância, como não há compreensão sobre assuntos relacionados à sexualidade, não há nenhuma manifestação ou interesse sobre o assunto.
B)     Fica claro no texto que os vínculos afetivos e as vivências do adolescente não são importantes na forma como este irá lidar com a sexualidade. A sexualidade é algo exclusivamente biológico.
C)    O sexo é uma questão social, enquanto a sexualidade é definida biologicamente. Tais conceitos fazem com que as pessoas fiquem confusas quanto à definição de sua própria sexualidade.
D)    A sexualidade é determinada por fenômenos biológicos. Os aspectos sociais e psicológicos, em nada ou pouco influenciam na formação da sexualidade. É uma parte puramente instintiva da existência humana.
E)     Fica claro no texto que a forma como lidamos com nossa sexualidade sofre uma forte influência do meio onde vivemos e das nossas relações interpessoais.

10)  O texto a seguir é um trecho da peça Medeia, de Eurípedes, escrita por volta do ano 431 a.C. É o momento do coro, logo após Medeia matar seus próprios filhos para se vingar do pai das crianças, Jasão. Leia com atenção e assinale a alternativa correta:
"Miserável! Tens então um coração de pedra ou de ferro, para ferir com tua mão teus próprios filhos, fruto de tuas entranhas? Não sabemos senão de outra mulher, uma só, antes de ti, que tenha ousado levantar a mão sobre os filhos queridos, Ino, castigada de loucura pelos deuses, quando a esposa de Zeus a fez errar em delírio longe de sua casa. A infeliz, para expiar esse ímpio assassinato, arremessa-se da elevada ribanceira sobre o mar."
EURÍPEDES. Medeia. Disponível em: <http://pensamentosnomadas.files.wordpress.com/2012/03/02-medeia.pdf>. Acesso em: 11/7/2013.

I) O coro reafirma a naturalidade de uma mãe matar seus filhos, desmistificando a maternidade, já que isso ocorreu muitas vezes antes de Medeia.
II) A reação do coro ao crime reafirma o mito de que existe um laço natural entre mães e filhos, por isso o caráter chocante do crime.
III) Não há variação histórica entre a forma de ser mãe. Em todas as culturas, as mães agem da mesma forma com seus filhos, pois faz parte do instinto materno.
IV) O mito da maternidade da mulher está fundamentalmente relacionado a fatores sociais.
A)    As alternativas I e II estão corretas.
B)    As alternativas I e III estão corretas.
C)    Apenas a alternativa II está correta.
D)     As alternativas II e IV estão corretas.
E)     As alternativas III e IV estão corretas.


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